Finanças
7 criptomoedas promissoras para 2022, segundo analistas
Além do bitcoin e das moedas digitais promissoras, especialistas enxergam potencial em um novo grupo conhecido como ‘ethereum killers’.
Após um período de oscilação e correções, agentes de mercado ficaram bastante otimistas com a valorização do bitcoin (BTC) e de outras criptomoedas promissoras em 2022.
Alguns acreditavam que o bitcoin pudesse chegar a US$ 100 mil ainda em 2021, o que não aconteceu. Negociado abaixo de US$ 50 mil no começo de 2022, segundo o CoinMarketCap, a criptomoeda ainda pode voltar a subir e não deve ser a única a se beneficiar do ciclo de prosperidade dos criptoativos, defendem especialistas ouvidos pelo InvestNews.
“Todo mundo precisa ter algo de bitcoin na carteira”, afirma Helena Margarido, analista de criptomoedas da Monett. Veja a seguir as visões de especialistas sobre onde garimpar as melhores oportunidades de investimento nas criptomoedas mais promissoras para 2022.
Quais são as criptomoedas promissoras para 2022?
Entre as principais recomendações de criptomoedas promissoras dos especialistas consultados pela reportagem, sete criptomoedas se destacam como oportunidades para investir para 2022. São elas: Bitcoin, Solana, Polkadot, Avalanche, Ethereum, Axie Infinity e Start Atlas DAO.
Bitcoin (BTC)
Segundo os especialistas, 2022 será um ano de liderança no mercado para o bitcoin, com hipervalorização e o potencial de chegar a US$ 100 mil. Por este motivo, eles aconselham a todo investidor ter bitcoin na carteira.
Solana (SOL)
Além do bitcoin, outras criptomoedas promissoras com fundamentos diferentes podem valorizar com o que acreditam ser a revolução tecnológica. Entre eles, a solana (SOL), que integra a categoria de moedas conhecidas como ethereum killers, segundo Nasser. Ou seja, ativos semelhantes ao projeto ethereum, mas que podem se beneficiar pelas beiradas de sua capitalização.
“Tudo o que o ethereum (ETH) tem de problema, a SOL tem de solução. Uma plataforma de contratos inteligentes escalável com alto valor para as finanças descentralizadas”, explica Nasser.
Polkadot (DOT)
Outro ativo interessante é a Polkadot (DOT), um protocolo que tem o objetivo de conectar todas as blockchain, além de capturar boa parte do mercado da rede ethereum.
Avalanche (AVAX)
Além das criptomoedas acima citadas, Nasser, da Inversa, tem a Avalanche (AVAX) entre suas principais recomendações para 2022.
A criptomoeda também integra o grupo dos ‘ethereum killers‘ e segundo ele se trata de um protocolo com vantagens superiores em escalabilidade e programação do que a rede ethereum.
Ethereum (ETH)
Segundo maior ativo do mercado, o ether da rede Ethereum também integra as recomendações de criptomoedas promissoras de Helena Margarido da Monett. A analista acredita na expansão e valorização do ether em 2022.
A rede Ethereum surgiu com o objetivo de descentralizar ativos e ser mais rápida que o bitcoin. Por meio desta rede, é possível “tokenizar” ativos físicos, como uma casa, uma obra de arte.
Axie Infinity (AXS) e Start Atlas DAO (POLIS)
Além destas criptomoedas, Helena também enxerga oportunidade nas criptomoedas de games. Para ela, este é um setor em ampla expansão e, mesmo em caso de o mercado experimentar um movimento de correção em 2022, este tipo de criptoativo deve continuar se valorizando.
Entre as alternativas para o investidor se expor, ela recomenda ficar de olho em Axie Infinity (AXS) e a Start Atlas DAO (POLIS).
Quais criptomoedas evitar em 2022?
Apesar da expansão do mercado, os especialistas apontam que há projetos dos quais o investidor deve passar longe, pela falta de fundamentos ou até mesmo configurar iniciativas de fraude.
Eles citam o Ripple (XRP), que segue um modelo centralizado. Para os especialistas consultados pelo InvestNews, a criptomoeda não integra uma rede blockchain, apresenta um marketing deturpado e tem sua negociação envolvida em fraudes e manipulações de mercado.
Além dela, Nasser recomenda ficar longe de Bitcoin Cash (BCH) e Bitcoin SV (BSV). Segundo o especialista, se trata de bitcoins falsos criados por falsificadores de identidade.
Já Helena cita também entre as furadas criptomoedas de memes, sem fundamentos claros e propósito que justifique a existência delas. É o caso da Shiba Inu (SHIB) e da Dogecoin (DOGE), cuja valorização segundo ela não faz o menor sentido.
“Embora Elon Musk seja um entusiasta da DOGE, a emissão da moeda é infinita, e em termos de valorização não vale a pena como investimento”, defende a analista.
Vale a pena investir em criptomoedas agora?
Para os especialistas, este é um bom momento para investir em criptomoedas com visão de longo prazo. Helena acredita no potencial de valorização do bitcoin nos próximos 4 ou 5 anos. “Acho que agora é um bom momento de entrada mesmo com o preço em alta”, defende.
Já Nasser destaca que, em meio à expansão monetária americana desenfreada e o aumento da inflação, a melhor proteção para os investidores é o bitcoin e este é o melhor momento para se posicionar no ativo.
Apesar das visões otimistas das fontes, é importante pontuar que nenhum retorno ao investir em criptomoedas é garantido e os riscos são grandes, já que estes ativos estão sujeitos a fortes oscilações. Por esse motivo, o investidor deve primeiramente conhecer o seu perfil de risco antes de tomar qualquer decisão, lembram analistas de investimentos.
Como escolher um bom projeto de criptomoedas?
Semelhante à escolha de outros ativos no mercado, como ações e fundos, investir em criptomoedas promissoras também exige estudo por parte dos investidores antes de sair comprando. Conhecimento, preparação e muito questionamento são a base para garimpar boas oportunidades, segundo os especialistas.
Eles apontam que muitas vezes as pessoas desconhecem o motivo pelo qual estão comprando uma criptomoeda. “A maioria investe em criptoativos porque alguém disse que vai subir”, destaca Nasser.
Para entender com mais profundidade cada projeto, eles recomendam ler o whitepaper, um documento que traz todas as informações importantes sobre o ativo. É importante verificar também o histórico de desenvolvimento do protocolo, a equipe por trás dele, os fundos que já investiram no ativo, o problema que a criptomoeda soluciona, a porcentagem de participação que ficou com a equipe fundadora, entre outros.
Os especialistas explicam que, fazendo esta análise, será possível o investidor identificar bons projetos antes mesmo de uma valorização expressiva. Nasser destaca que muitas empresas desenvolvedoras de criptoativos contam com um Telegram ou fóruns no Reddit onde é possível encontrar mais informações.
Como começar a investir em criptomoedas?
Se você nunca investiu nesse tipo de ativo, Nasser aconselha começar por criptomoedas promissoras, como o bitcoin (BTC),para depois dar os primeiros passos na rede ethereum (ETH), na tokenização e nas finanças descentralizadas (DeFi).
Antes de investir, ele aconselha conhecer bem todos esses projetos e seus fundamentos.
Na sequência, o investidor precisa abrir uma conta em uma corretora especializada em criptoativos. No Brasil, Helena cita o Mercado Bitcoin e a Foxbit como referências. Há também a Binance, maior plataforma de negociação internacional.
Ela também aconselha ao investidor ter sua própria carteira digital, para armazenar seus criptoativos com segurança. “No mundo cripto, você é seu próprio banco. Deixar suas criptomoedas custodiadas em algum local nunca é uma boa alternativa”, alerta.
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