O principal executivo do Goldman Sachs na Ásia, Kevin Sneader, presidente do banco para a região Ásia-Pacífico, adotou um tom otimista em relação às ações chinesas. “O que estamos ouvindo de nossos clientes e investidores é que o sentimento melhorou em relação ao mercado de ações da China”, disse Sneader, em entrevista à Bloomberg TV nesta quarta-feira (3). “A China ainda enfrenta muitos desafios, mas este rali nos mercados acionários tem força.”

Apesar do cenário econômico fraco, as ações chinesas estão em alta.

O índice de referência CSI 300 registrou ganhos em torno de 10% desde o final de julho, em comparação com apenas 1,6% do índice MSCI para todos os países.

O otimismo de que os avanços da China em inteligência artificial e os esforços para reduzir o excesso de capacidade reavivarão o crescimento ajudaram a alimentar os ganhos.

Na semana passada, os estrategistas do Goldman elevaram o preço-alvo para o índice CSI 300 até o final do ano, ao citarem fatores como valuations atrativos, crescimento de lucro em tendência de um dígito alto, interesse do varejo e potencial realocação de ativos.

Em janeiro, Sneader disse que os investidores aguardavam para ver se as autoridades chinesas implementariam novos estímulos.

“Investidores de longo prazo ainda querem mais clareza”, disse ele nesta quarta. Os fluxos de hedge funds para o país melhoraram. “Um grande impulsionador do rali continuam sendo os investidores de varejo na China, que têm poupança excedente”, acrescentou ele.

Esses pequenos investidores têm um volume de caixa de US$ 23 trilhões, alimentando esperanças de que vão impulsionar a próxima etapa do avanço vertiginoso do mercado.