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Finanças

Impactadas por petróleo e dólar, Azul e Gol têm a maior queda semanal

Empresas exportadoras tiveram a maior valorização no acumulado dos últimos cinco dias.

Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro
Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro 21/1/2019 REUTERS/Sergio Moraes

As ações das companhias aéreas Azul e Gol dominaram as quedas do principal indicador da B3, o Ibovespa, nesta sexta-feira (04), impactadas pelas altas nos preços do petróleo e do dólar. No acumulado da semana, as companhias também encabeçam a lista das maiores desvalorizações.

Depois de reportar os números do quarto trimestre de 2021, a empresa de energia AES também encerrou o dia em queda, assim como a administradora de shoppings Iguatemi, após anunciar a compra de um brechó de luxo.

Na outra ponta, a produtora de papel e celulose Suzano ficou com a maior alta do indicador ao subir 6,70%, para R$ 57,33. Confira os destaques do dia e de semana:

Aéreas

Em dia de desempenho negativo para as companhias que atuam no mercado doméstico, a Azul ficou com a pior performance do pregão ao fechar em queda de 7,77%, para R$ 21,83, e a Gol (GOLL4) apareceu na sequência com recuo de 7,64%, para R$ 14,86. “A elevação do preço do petróleo somada à elevação do dólar pressionam os papéis de turismo e aviação”, explicou a equipe da Ativa Investimentos.

AES

Em meio ao reporte do balanço do quarto trimestre de 2021, a AES Brasil (AESB3) terminou em queda de 3,23%, para R$ 11,10. A empresa registrou prejuízo de R$ 34,8 milhões no período, revertendo lucro de R$ 602,6 milhões reportados no mesmo intervalo de 2020. A receita operacional líquida avançou 37,5% no ano contra ano, totalizando R$ 731,9 milhões nos últimos três meses do ano passado.

Para a equipe de research da Levante Investimentos, os números da empresa vieram fracos, impactados por efeitos não recorrentes e pelo cenário hidrológico.

“No que se refere ao seu Ebitda, a geradora reportou um recuo 82,4% no ano contra ano, somando R$ 205,2 milhões no trimestre. A contração da linha reflete a contabilização da repactuação do GSF (medida de risco hidrológico) em 2020, o que impactou positivamente os números da companhia na época”, escreveu a equipe.

A casa também afirmou que a AES ainda sofreu com os efeitos da crise hídrica enfrentada ao longo do ano, o que a deixou mais fragilizada, já que a companhia precisou arcar com maior custo na compra de energia para honrar seus compromissos, o que compensou sua economia com menores despesas com PMSO (Pessoal, Material, Serviço e Outros).

“Os resultados da AES Brasil vieram desapontadores, de modo que esperamos um impacto negativo no preço das ações da companhia para o curto prazo. De fato, a empresa, que tem sua operação concentrada em geração hídrica, sofreu com o cenário hidrológico adverso enfrentado no ano passado. Nesse sentido, a mesma já declarou que pretende reduzir sua exposição às variações da hidrologia, buscando expandir para outras fontes”.

Para 2022, a Levante espera uma normalização da operação da companhia, “que deve se beneficiar do atual cenário de chuvas mais intensas que o país tem vivenciado desde o final do ano passado”.

Iguatemi

A Iguatemi (IGTI11) cedeu 3,63%, para R$ 18,87, depois de anunciar a compra de 23,08% da Etiqueta Única, empresa de comércio eletrônico que realiza a intermediação de venda de artigos de luxo usados, por R$ 27 milhões.

Destaques da semana

TickerVariação semanal em %
GOLL4-14,00
AZUL4-13,68
CVCB3-11,87
ABEV3-8,36
LWSA3-8,11
TickerVariação semanal em %
CSNA315,54
GGBR415,48
BRAP414,31
RRRP313,99
GOAU413,64

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