Os segmentos de private equity, gestoras, meios de pagamento, bancos de investimentos e fintechs lideram as contratações de pessoas no mercado financeiro, segundo levantamento feito pela Robert Half. Segundo a consultoria de recrutamento, a área passa por um momento de aquecimento na procura por profissionais qualificados, com um aumento de 25%. Em posições de analistas e média gerência, o volume de vagas cresceu 20%.
Segundo a pesquisa, as posições mais procuradas no recrutamento de executivos são as áreas de risco e compliance, finanças, crédito e cobrança. Entre a alta e média gerência, destacam-se as áreas de crédito corporate (analistas/especialistas), RM private (analistas/especialistas/gerentes), ESG (analistas/especialistas/gerentes), M&A (analistas), profissionais de compliance, auditoria e riscos (analistas/gerentes).
Entre as habilidades técnicas mais desejadas, estão capacidade de originação de negócios, atualizações tecnológicas, capacidade analítica, fluência em outros idiomas. Já as certificações mais valorizadas são CFA, CGA, CFP e Ancord.
Fim do home office?
Em comunicado no estudo, a gerente da Robert Half, Sara Santos, afirmou que um dos maiores desafios no mercado financeiro tem sido manter a cultura do trabalho flexível. “Muitas estruturas retornaram integralmente aos escritórios e esse ponto tem sido um fator limitante para muitos profissionais qualificados na escolha de uma nova oportunidade ou até mesmo na decisão de se manter na atual empresa”.
Sob a ótica de contratação de executivos, a tarefa mais desafiadora, segundo a Robert Half, é a estruturação de um pacote de remuneração atraente. “Muitos executivos têm planos de ILP já em andamento. Portanto, qualquer movimentação nesse nível hierárquico requer boa elasticidade e flexibilidade do contratante para ser atrativo na proposta”, comentou em nota Ana Guimarães, diretora de recrutamento executivo da empresa.
Salários do mercado financeiro em 2023
O Guia Salarial 2023 da Robert Half, fonte de informação sobre remuneração e tendências de recrutamento, mostra algumas perspectivas de remuneração no setor financeiro. Ele apresenta três faixas salariais por cargo, determinadas pelo nível de qualificação e experiência do candidato e pela complexidade do cargo ou indústria e setor de atuação.
Veja a seguir a remuneração mensal, em R$:
- Diretor de Compliance/Auditoria/Controles Internos: 24.600 | 30.450 | 37.550
- Vice-presidente ou Gerente de Compliance/Auditoria/Controles Internos: 20.250 | 25.100 | 30.950
- Analista de Compliance/Auditoria/Controles internos: 11.850 | 14.700 | 18.150
- Diretor Executivo de Finanças (CFO): 46.000 | 56.900 | 70.300
- Diretor de Finanças: 26.300 | 32.550 | 40.200
- Vice-presidente ou Gerente de Finanças: 19.000 | 23.500 | 29.000
- Diretor de Crédito e Risco: 34.250 | 42.350 | 52.350
- Analista de Crédito e Risco: 11.900 | 14.800 | 18.200
- Especialista de Crédito e Risco: 16.600 | 20.600 | 25.400
- Gerente de Relacionamento Private: 23.100 | 28.600 | 39.600
- Analista de ESG: 6.000 | 8.000 | 10.000
- Especialista de ESG: 10.000 | 12.000 | 15.000
- Gerente de ESG: 16.000 | 18.000 | 22.000
- Analista de Fusões e Aquisições: 14.150 | 17.500 | 21.600
Entenda o guia salarial
Os salários são divididos em percentis, representados por 25º/ 50º/ 75º, sendo que 50º não significa, necessariamente, a mediana do salário para determinado cargo. Segundo o guia, os critérios para determinar em que faixa o perfil está podem variar conforme a experiência na função, tempo no segmento, características setoriais, disponibilidade pelo perfil no mercado, habilidades e certificações extras.
Já o percentil 25º representa um(a) candidato(a) que ainda é novo(a) no trabalho ou que ainda está desenvolvendo habilidades relevantes; já o 75º representa o candidato com mais experiência do que a típica e conta com todas as habilidades relevantes para o trabalho, além de especializações e certificações, diz a Robert Half.
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