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Finanças

BlackRock recomenda mineradoras como aposta em baixo carbono

Na visão da gestora, investidores perdem oportunidade de lucrar com transição energética por manterem uma visão ultrapassada no setor.

Os investidores perdem uma grande oportunidade de lucrar com a transição energética porque têm uma visão ultrapassada do setor de metais e mineração, segundo um dos investidores mais influentes do setor.

“Nossa opinião, ao falar com nossos clientes e investidores em geral, é que a oportunidade neste espaço foi enormemente ignorada”, disse em entrevista Evy Hambro, chefe global de investimentos temáticos e setoriais da BlackRock. “Se você está focado na sustentabilidade, se você está focado na transição energética, não negligencie esta área. Há uma enorme oportunidade de valor.”

Hambro aponta para um foco crescente na redução das emissões de carbono na produção de metais, maior disciplina nos gastos do que em booms anteriores, e uma rápida diminuição no custo de capital à medida que governos apoiam projetos de mineração para garantir o abastecimento doméstico de seus países.

BlackRock
Edifício da BlackRock, em Nova York (EUA) 16/07/2018 REUTERS/Lucas Jackson

Executivos do setor, analistas e investidores especializados há vários anos preveem uma alta destas ações, impulsionada pela transição para uma economia de baixo carbono, que precisa de metais para redes de transmissão, baterias de veículos elétricos e painéis solares. No entanto, embora os preços tenham subido acentuadamente depois da pandemia, estagnaram no ano passado.

“Não se trata do que acontece agora, se trata do que vai acontecer nos próximos 10 a 15 anos”, disse Hambro, argumentando que o setor está subvalorizado. “Se quiséssemos reconstruir a indústria do cobre em nível global, não conseguiríamos com o valor de mercado das empresas de cobre existentes hoje. Então, acho que há uma defasagem enorme nesse sentido.”

Hambro foi um crítico influente dos gastos excessivos das mineradoras no último boom, e ele não quer que elas iniciem uma nova era da extravagância, mesmo prevendo uma escassez de oferta.

“Não queremos que elas se afastem dos modelos de alocação de capital que ajudaram a reconstruir a confiança no setor ao longo dos últimos oito a nove anos”, disse ele.

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