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Finanças

Bolsa fecha em alta de 2,23% com EUA e safra de balanços; dólar bate R$ 5,68

Esta é a primeira semana positiva do índice em um mês

Notas de dólar 02/08/2011 REUTERS/Yuriko Nakao

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta nesta sexta-feira (5). Esta foi a primeira alta semanal em um mês, ainda em meio a um certo alívio no cenário para o quadro fiscal do país, mas também dados melhores do que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

O Ibovespa fechou em alta de 2,23%, aos 115.202,23 pontos. O dólar comercial subiu 0,39%, cotado a R$ 5,6814.

Na semana, o Ibovespa valorizou 4,70%, em parte apoiado no texto da PEC Emergencial aprovado pelo Senado, que descartou os piores cenários do ponto de vista fiscal, embora sem oferecer soluções de curto de prazo para compensar gastos com a pandemia. O texto deve ser analisado na Câmara dos Deputados na próxima semana.

A agenda brasileira ainda mostrou nesta sexta-feira que a indústria nacional começou 2021 com alta pelo nono mês seguido em janeiro, embora em desaceleração, sofrendo o impacto do agravamento da pandemia.

Cenário externo

Nos Estados Unidos, foram criados no mês passado 379 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, bem acima dos 182 mil esperados por analistas e após um ganho de 166 mil em janeiro, disse o Departamento do Trabalho norte-americano.

Futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura positiva em Wall Street, uma vez que os dados do ‘payroll’ endossaram apostas de uma recuperação econômica conduzida por estímulos fiscais expressivos e vacinação contra a Covid-19.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques positivos desta sexta-feira (5), a maior alta foi da Cogna (COGN3) que saltou 10%. A companhia está apostando em novas estratégias de digitalização na tentativa de melhorar as suas receitas.

Nesta semana a Cogna adquiriu a Sociedade Educacional da Lagoa (SEL) por R$ 65 milhões. A empresa presta serviços para plataformas educacionais entre estes criação de conteúdo e manutenção tecnológica.

Subiu também a PetroRio (PRIO3) com valorização de 7,60%. Seguida dos papéis da Natura (NTCO3), que fecharam em alta de 6,52%, após anunciar lucro líquido de R$ 177,4 milhões no quarto trimestre, revertendo prejuízo de R$ 76,5 milhões observado um ano antes.

No lado oposto do Ibovespa, a maior queda foi da B2W (BTOW3) que recuou 4,27%. Nem a chance de uma fusão com a sua controladora, Lojas Americanas ou os resultados do 4º trimestre foram suficientes para evitar a queda do papel.

Caíram também Copel (CPLE6) e Lojas Americanas (LAME4) que desvalorizaram 2,77% e 2,61%, respectivamente.

Destaques da Semana

A maior alta da semana foi da PetroRio (PRIO3) que valorizou 19,67% após resultados fortes no seu balanço do 4º trimestre, a companhia teve um crescimento de 54% no seu ebitda ajustado. Além dos planos da petrolífera de começar a perfuração no campo de Frade, na Bacia de Campos, no quarto trimestre.

A PetroRio ainda assinou contrato com a francesa Total para comprar fatia de 28,6% no bloco BM-C-30, que abriga o campo de Wahoo, na Bacia de Campos.

E a maior queda desta semana foi do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) que recuou 72,40% ainda em ajustes do mercado sobre a cisão da unidade de atacarejo Assaí, que estrou na B3 nesta semana.

Veja também: PCAR3 e ASAI3: 6 perguntas sobre a cisão de Pão de Açúcar e Assaí

Bolsas globais

Wall Street terminou em alta após uma volátil sessão nesta sexta-feira, com o Nasdaq se recuperando ao fim de uma semana em que o índice chegou a cair mais de 10% desde sua máxima recorde de fevereiro.

As ações da Microsoft subiram, impulsionando o S&P 500 mais do que qualquer outra ação. Ganhos em Alphabet, Apple e Oracle também deram suporte ao índice.

Os rendimentos dos Treasuries de dez anos bateram 1,625% na sessão, máxima em um ano, após dados fortes sobre geração de empregos nos EUA em fevereiro.

Dow Jones subiu 1,85%, aos 31.497,94 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,95%, para 3.841,78 pontos. O Nasdaq Composite valorizou-se 1,55%, para 12.920,15 pontos.

Os mercados acionários europeus fecharam em queda nesta sexta-feira uma vez que os rendimentos de títulos avançaram com o aumento das projeções para a inflação diante de dados fortes sobre a criação de empregos nos Estados Unidos, embora o índice STOXX 600 tenha registrado ganhos semanais com a força de setores sensíveis ao crescimento.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,31%, a 6.630,52 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,97%, a 13.920,69 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,82%, a 5.782,65 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,55%, a 22.965,63 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,80%, a 8.286,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,50%, a 4.671,94 pontos.

As ações de blue-chips da China fecharam ligeiramente em baixa, com os investidores digerindo a modesta meta de crescimento anual definida no relatório de trabalho do premiê chinês, embora as ações de tecnologia tenham se recuperado depois de um compromisso mais forte de apoiar a tecnologia doméstica.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,23%, a 28.864 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,47%, a 29.098 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,04%, a 3.501 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,34%, a 5.262 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,57%, a 3.026 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,32%, a 15.855 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,03%, a 3.013 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,74%, a 6.710 pontos.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo.

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