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Finanças

Bolsa fecha nos 101 mil pontos com cenário pessimista para os bancos; dólar cai

Pauta de tabelamento de juros do cheque especial e cartão de crédito preocupa o setor bancário

bolsa de valores

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda de 1,57% aos 101.215 pontos nesta terça-feira (4). A bolsa brasileira foi puxada pelo recuo das ações de bancos e após uma explosão ter atingido uma área portuária na capital libanesa, deixando mortos e feridos.

O dólar passou a cair frente ao real, com o mercado também em espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros amanhã. O dólar comercial fechou em queda de 0,57%, cotado a R$ 5,284. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,372.

O desempenho do Ibovespa foi fortemente influenciado pelos bancos, especialmente o Itaú Unibanco (ITUB4) que despencou 5,83%. O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,205 bilhões no segundo trimestre, 40,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado, quando totalizou R$ R$ 7,034 bilhões.

Além do Itaú, o setor bancário recuou após notícia de que o projeto que limita os juros do cheque especial e do cartão de crédito em 30% ao ano deve ser votado no dia 6 de agosto. O projeto de autoria do senador Alvaro Dias (Podemos-PR) estipula uma cobrança retroativa entre março e dezembro.

Em resposta, as ações do Bradesco (BBDC4) recuaram 2,09%. Enquanto Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) caíram 2,80% e 3,06%, respectivamente.

Ainda entre as mais negociadas, a Petrobras (PETR4) fechou em queda de 0,09%. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o pedido do Senado para barrar a venda de refinarias da Petrobras deve se tornar uma ação à parte.

Mas as ações da estatal também sofreram influência do aumento no preço do petróleo no exterior. Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta com percepção de que a recuperação da economia pode sustentar a retomada da demanda pela commoditie. O barril de petróleo tipo WTI com entrega para setembro encerrou em alta de 1,68%, a US$ 41,70. Já o Brent para outubro avançou 0,63%, a US$ 44,43.

Subiu também a Vale (VALE3) que fechou em alta de 0,73%. Seguindo a tendência de alta do minério de ferro em Qingdao e apesar de um forte movimento de venda das ações da mineradora.

No cenário externo, as bolsas americanas se beneficiaram após o Congresso dos EUA chegar a um consenso para aprovar um pacote de estímulos econômicos de US$ 1,2 trilhão.

Destaques da bolsa

Os destaques positivos do dia foram a Vale (VALE3) com alta de 0,73%, seguida da MRV (MRVE3) que subiu 0,65% e a Hypera (HYPE3) que avançou 0,58%.

No lado negativo do índice estava o Itaú Unibanco (ITUB4) que recuou 5,83%, após divulgar dados do seu balanço. A instituição financeira teve queda no lucro razão de aumento de provisões para inadimplência.

Caiu também a Cogna (COGN3) com baixa de 5,73%. Após o IPO da subsidiária Vasta nos EUA, os papéis da companhia derreteram e já acumulam quedas de 11%. Recuaram também CVC (CVCB3) e Cielo (CIEL3) com queda de 5,40% e 5%, respectivamente.

Indicadores

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) mostrou desaceleração em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em julho. Em Brasília (de 0,71% para 0,40%), Belo Horizonte (de 0,22% para 0,10%), Rio de Janeiro (de 0,19% para 0,16%), Porto Alegre (de 0,58% para 0,52%) e São Paulo (de 0,66% para 0,64%).

No mês passado, o índice cheio subiu 0,49% ante 0,36% no fechamento de junho.

A produção industrial subiu 8,9% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, divulgou hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a junho de 2019, a produção caiu 9,0%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma queda de 17,2% a 6,0%, com mediana negativa de 9,90%.

A indústria acumula queda de 10,9% no ano de 2020. Em 12 meses, a produção acumula queda de 5,6%.

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