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Finanças

Bolsa fecha aos 118 mil pontos com otimismo por vacina e estímulos; dólar recua

Após Reino Unido e EUA, os países da UE planejam iniciar vacinações a partir de 27 de dezembro.

bolsa de valores ibovespa B3

A bolsa de valores brasileira fechou em alta nesta quinta-feira (17), acompanhando o clima favorável a ativos de risco no cenário externo, na esteira do otimismo sobre vacinas contra a Covid-19 e estímulos econômicos nos Estados Unidos.

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O principal índice da B3, o Ibovespa, fechou em alta de 0,46%, aos 118.400 pontos. No melhor momento do dia, a bolsa alcançou 119.027,05, próxima do recorde histórico nominal alcançado em janeiro.

Desde as mínimas do ano em março, acumula ganho de mais de 90%, em boa parte apoiado em juros baixos e expressivos estímulos monetários e fiscais no mundo, e mais recentemente em prognósticos otimistas para vacinas contra o coronavírus.

Após saldo positivo recorde em novembro, as compras de estrangeiros no mercado secundário de ações no Brasil superam as vendas em 9,66 bilhões de reais em dezembro até o 15, conforme os dados mais recentes disponibilizados pela B3.

Dólar

Já o dólar comercial terminou negociado a R$ 5,0788, caindo 0,53%.

“Por ora, o mercado segue dando mais atenção às perspectivas de imunização da população com a vacina do que à situação social corrente bastante delicada”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estimou nesta quinta que o Brasil terá 24,5 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 disponíveis em janeiro para aplicação na população, dependendo de aprovação regulatória da Anvisa.

Nos EUA, a vacinação começou nesta semana, enquanto na União Europeia (UE) a expectativa é que a imunização se inicie pouco depois do Natal. O Reino Unido segue vacinando segmentos específicos da população.

O entendimento de investidores é que o processo de vacinação permitirá uma reabertura mais ampla da economia, dando espaço para uma recuperação sólida da atividade, cenário que beneficia ativos sensíveis a ciclos econômicos, como os de mercados emergentes.

Esse quadro, combinado a uma redução de riscos fiscais via comprometimento com o processo de consolidação fiscal e respeito ao teto constitucional de gastos, poderá reduzir os prêmios de ativos brasileiros em geral, levando o real a se fortalecer de forma “mais pronunciada”, avaliou Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander Brasil.

Vescovi projeta o dólar em R$ 4,60 ao fim de 2021 e em R$ 4,15 no término de 2022, quedas de 9,4% e 18,3%, respectivamente, ante a cotação de fechamento desta quinta.

Enquanto o Federal Reserve se comprometeu de continuar injetando recursos nos mercados até que a recuperação da economia norte-americana esteja garantida, parlamentares se aproximaram de um pacote de estímulo de US$ 900 bilhões.

Destaques da Bolsa

VALE (VALE3) avançou 1,14%, na esteira de nova alta dos preços do minério de ferro na China, renovando recorde para o fechamento a R$ 87,20. Reunião da empresa com o governo de Minas Gerais sobre compensações pelo desastre de Brumadinho (MG) terminou sem acordo.

No setor, GERDAU (GGBR4) subiu 2,61% e CSN (CSNA3) valorizou-se 3,7%. USIMINAS (USIM5) perdeu fôlego e caiu 0,8%. Após o fechamento, a empresa informou o retorno do alto-forno 2 da usina da Ipatinga, que terá capex de aproximadamente 67 milhões de reais.

WEG (WEGE3) subiu 3,37%, recuperando-se após ajuste negativo em novembro, insuficiente para tirar a fabricante de motores elétricos, tintas industriais do topo das maiores altas em 2020 no Ibovespa, com a valorização ao redor de 120%.

PETROBRAS (PETR3) valorizou-se 1,26%, esteira da elevação do petróleo, com o Brent fechando em alta de 0,82%, a 51,50 dólares por barril, o que ajudou também PETRORIO (PRIO3), que se apreciou 3,74%. PETROBRAS (PETR4), por sua vez, enfraqueceu e terminou com acréscimo de apenas 0,18%.

BRASKEM PNA avançou 7,59%, em outro dia de recuperação, refletindo expectativas sobre a venda da fatia da Odebrecht na petroquímica. Em 2020, a ação perde cerca de 19%, em meio a provisões bilionárias envolvendo evento geológico em Alagoas, e problemas na planta no México.

Bolsas globais   

Os principais índices de Wall Street encerraram em máximas recordes nesta quinta-feira, com investidores mais otimistas sobre um projeto de lei de alívio ao coronavírus, o que ajudou os mercados a minimizar a tensão econômica provocada pela pandemia da Covid-19.

O Nasdaq, que fechou na máxima recorde pelo terceiro dia consecutivo, teve alta de 0,84%, aos 12.764,75 pontos. O Russell 2000 teve alta de quase 1,3%, para 1.978 pontos.

As ações europeias seguiram próximas de uma máxima em quase dez meses nesta quinta-feira. O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,23%, a 1.533 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,3%, a 397 pontos, estendendo seus ganhos para uma quarta sessão consecutiva.

O índice de blue-chips da China fechou em alta pela quarta sessão seguida nesta quinta-feira, impulsionado pelos setores de saúde, consumo básico e financeiro, diante do otimismo do investidor com uma rápida recuperação na segunda maior economia do mundo.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,28%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,13%.

O subíndice do setor financeiro do CSI300 ganhou 1,46%, enquanto o de consumo subiu 1,43% e o imobiliário fechou em alta de 0,67%.

As ações de saúde foram o destaque no dia, com o subíndice do setor saltando 3,27%, diante da alta de 8,42% nos papéis da Jiangsu Hengrui Medicine Co Ltd, depois de a empresa anunciar resultados promissores de um medicamento para o câncer.

*Com Reuters

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