Siga nossas redes

Finanças

Bolsa sobe 2,76% e renova recorde em 122 mil pontos; dólar encosta em R$ 5,40

Confirmação de Biden no poder aumentou chances de ajuda econômica; vacina Coronavac é 78% eficaz.

bolsa de valores

A bolsa de valores brasileira renovou sua máxima histórica após disparar no final da tarde desta quinta-feira (7). Os investidores repercutem a movimentação política nos Estados Unidos, após a confirmação da eleição do democrata Joe Biden, o que melhora as perspectivas de mais estímulos à economia. O dólar acelerou a alta contra o real, dando sequência aos fortes ganhos na sessão anterior.

LEIA MAIS:

O principal índice da B3, o Ibovespa, fechou em alta de 2,76%, aos 122.385 pontos, novo recorde histórico de fechamento, após renovar as máximas intradia ao longo do pregão.

Com isso, dobra a pontuação atingida no pior momento da crise, quando chegou a cerca de 61 mil pontos numa sessão de março passado. O giro financeiro da sessão somou R$ 41,45 bilhões.

Já o dólar comercial fechou negociado a R$ 5,3990, subindo 1,82%, a maior alta em mais de três meses, após romper de uma vez só duas importantes resistências técnicas, em dia de expectativa frustrada por intervenção do Banco Central. A tomada de fôlego do dólar no exterior ajudou a puxar o valor da moeda por aqui.

No plano político, repercutiu positivamente a confirmação da vitória democrata na Geórgia para dois assentos no Senado dos EUA, que na prática consolida maioria do partido em ambas as instâncias do Congresso, fortalecendo Biden. Analistas enxergam mais facilidade na aprovação de estímulos à economia, enquanto cresce a chance de uma agenda favorável a regulações e alta de impostos.

Em outra frente, os investidores também estiveram atentos ao noticiário sobre campanhas de vacinação para combate ao coronavírus. Nesta quinta-feira, o Instituto Butantan anunciou que a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, tem eficácia de 78%.

Ontem (6), o Ibovespa fechou em queda de 0,23%, aos 119.100,08 pontos.

Destaques da bolsa

A ação da Vale (VALE3) superou pela primeira vez a marca dos R$ 100, ao subir acima de 7%, em dia de fortes ganhos para o setor de mineração e siderurgia, impulsionado com a rotação de setores que se intensificou diante da confirmação de Biden no poder.

O papel da Vale acumula alta de cerca de 150% desde fevereiro de 2019, após o rompimento da barragem de mineração da empresa que matou centenas de pessoas em Brumadinho (MG). O governo de Minas Gerais espera fechar um acordo superior a 28 bilhões de reais com a Vale como reparação pelo desastre.

A ação preferencial da Petrobras (PETR4) subiu 3,1%, com os preços do petróleo atingindo máxima de 11 meses. O barril de Brent fechou a US$ 54,38, após atingir a marca de US$ 54,90, nível não visto desde a imposição dos primeiros lockdowns relacionados à Covid-19 no ocidente.

As ações das exportadoras de papel e celulose também foram o grande destaque do dia, beneficiadas pelo avanço das cotações no mercado internacional. As produtoras da matéria-prima Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) avançaram 7,6% e 8,6%, entre as maiores altas do pregão.

Bolsas globais

As ações europeias fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva com as ações de construção avançando com a projeção otimista de vendas da Saint Gobain e os papéis vinculados a commodities tiveram alta sob a esperança de um maior estímulo nos Estados Unidos.

O índice pan-europeu STOXX 600 avançou 0,5%, mantendo-se próximo das máximas de fevereiro de 2020, enquanto o FTSE 100 de Londres ganhou 0,2% e o índice DAX da Alemanha subiu 0,6%.

Wall Street bateu máximas recordes nesta quinta-feira, com participantes do mercado apostando em mais ajuda federal diante da pandemia num cenário em que o Congresso norte-americano é controlado pelos democratas.

As ações da China ampliaram seus ganhos por uma sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira, com o índice de blue-chips fechando em uma máxima em 13 anos, sustentado pelos setores financeiro e de consumo.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,77%, para seu maior patamar desde janeiro de 2018, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,71%.

Os ganhos foram liderados pelos setores de consumo e financeiro, com os subíndices avançando 1,58% e 1,02%, respectivamente.

O sentimento do mercado também foi sustentado pela promessa do banco central do país de manter sua política monetária acomodatícia. O Banco do Povo da China disse na quarta-feira que tornará sua política monetária flexível, direcionada e apropriada em 2021, concentrando-se no apoio às pequenas empresas à medida que a economia se recupera.

Veja os destaques dos mercados globais nesta quinta-feira:

EUA:

:estados_unidos:

 S&P: +1,48%

:estados_unidos:

 Dow Jones: +0,69%

:estados_unidos:

 Nasdaq: +2,56%

Europa:

:espanha:

 Madri (IBEX35) +0,43%

:alemanha:

  Frankfurt (DAX) +0,55%

:inglaterra:

 Londres (FTSE 100) +0,22%

:frança:

 Paris (CAC40) +0,70%

Ásia:

:bandeira_do_japão:

 Nikkei +1,60%

:hong_kong:

 Hang Seng -0,52%

:china:

 Shanghai +0,71%

*Com Reuters

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.