As três maiores companhias distribuidoras de combustíveis do país somam — juntas — mais de oitenta bilhões de reais em valor de mercado.
A gigante BR Distribuidora (BRDT3), é a maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do país em volume de vendas. A companhia, que era uma empresa estatal e foi privatizada, está analisando agora a entrada no mercado de gás natural em parceria com a Golar Power. O objetivo seria atender os clientes que buscam migrar da gasolina, etanol e diesel para o GNV, além de abocanhar uma fatia desse mercado.
A movimentação abriria competição junto à sua concorrente, a Ultrapar (UGPA3), que é considerada um dos maiores grupos empresariais do país. Ela faz a distribuição de combustível e de gás natural e é dona da rede de postos Ipiranga. É dona também da Ultragaz, além da rede de farmácias Extrafarma. O grupo, que também atua na indústria petroquímica com a Oxiteno, também faz armazenagem de granéis líquidos com a Ultracargo.
Em outra ponta está a Cosan (CSAN3). O grupo é dono da maior operação sucroalcooleira do país através das operações da Raízen, sua controlada. A empresa distribui etanol para mais de sete mil postos de combustível, abastece sessenta e oito aeroportos e é a proprietária da rede de postos Shell. Além disso, a Cosan tem participação na Compass, que é a maior distribuidora de gás encanado do país, e da Moovie, do setor de lubrificantes.
Semelhantemente à Ultrapar, diversificação nos negócios é a palavra de ordem do grupo, já que suas aquisições e participações não param por aí. A Cosan detém ainda 30% da Rumo, que é a maior empresa de logística ferroviária do país.
Em julho, a Cosan aprovou uma reorganização das empresas que fazem parte do grupo, o que fará com que a Cosan S.A. se torne uma holding única, incorporando a Cosan Limited (CZZ) e a Cosan Logística (RLOG). Com a notícia de reestruturação, suas ações dispararam e chegaram a passar de noventa e um reais em julho. O valor mais do que se recuperou após a forte queda causada pela pandemia, quando seus papéis chegaram a beirar os quarenta e seis reais.
Enquanto isso, a BR pretende fazer uma parceria com a Lojas Americanas. Apenas com essa movimentação, suas vendas nas lojas de conveniência dos postos de combustíveis saltariam dos atuais setenta milhões de reais para duzentos milhões, segundo o BOFA (Bank Of America).
Neste rali, a única que parece estar um pouco atrás é a Ultrapar, já que os efeitos da pandemia ainda foram sentidos no último balanço da companhia. Apesar da recuperação positiva em seu Ebtida (+4%) referente os nove primeiros meses de 2020, o seu lucro líquido foi 26% menor nesse mesmo período se comparado com os nove primeiros meses de 2019. As vendas nos postos Ipiranga ainda precisam recuperar um pouco mais de fôlego após o furação chamado covid-19.
Leia mais:
Veja a carteira com as 10 ações recomendadas para janeiro pela Easynvest
Os melhores dividendos do setor elétrico