O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou recentemente quais são os planos do governo Lula para controlar a dívida pública brasileira. Neste dia, o Ibovespa chegou a subir enquanto dólar e a curva de juros caíram. Mas agora as iniciativas estão dividindo as opiniões dos analistas – afinal, o mercado tem diferentes percepções sobre a proposta de novo arcabouço fiscal.
Com as metas traçadas, especialistas começaram fazer as contas de quanto a receita do governo federal tem de crescer pra elas serem batidas. Esse crescimento terá de ser acompanhado por uma alta do produto Interno Brito (PIB), de mais impostos ou, no mínimo, do fim de desonerações fiscais.
O banco americano JP Morgan divulgou um relatório no qual defende que o governo provavelmente cortará benefícios fiscais, uma vez que Haddad já falou que não criará novos impostos ou aumentará alíquotas. Para a instituição, o governo federal deve rever incentivos envolvendo a exclusão do ICMS, um imposto estadual, na base de cálculo de outros impostos como o PIS/Cofins ou IR, que são federais. Isso impactaria, principalmente, as varejistas, que conseguem uma boa ajuda não pagando os dois impostos.
Segundo o JP Morgan, as empresas que mais devem sofrer com a reversão dos benefícios (dentro da cobertura do banco) são o grupo Soma (SOMA3), Vivara (VIVA3) e Arezzo (ARZZ3). A XP faz coro em relatório similar, analisando que a exposição de companhias a incentivos como o do ICMS – entre outros – é de cerca de 31% do lucro líquido.
Nesta terça-feira, 18, o texto será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Palácio do Planalto. Logo, quais setores podem ter as receitas impactadas pelo arcabouço? E quanto ao rendimento dos juros e preços de títulos públicos prefixados?
Assista ao Cafeína, com Samy Dana e Dony De Nuccio, e entenda a análise para os investimentos com o novo arcabouço.
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