CSN Mineração cai com preço de minério de ferro; PetroRio sobe mais de 3%

O dia nesta segunda-feira (4) foi marcada pelo forte declínio nos preços de minério de ferro, que derrubam a maior parte das ações das empresas ligadas à commodity na bolsa de valores. A CSN Mineração, que chegou a se destacar entre as maiores perdas do Ibovespa mais cedo, reduziu as perdas, mas ainda fechou em baixa. As siderúrgicas e a mineradora Vale também tiveram desvalorização.

A construtora MRV fechou em baixa, na esteira da conclusão da venda de dois empreendimentos. O recuo vem depois de a empresa encerrar a semana anterior entre os principais destaques positivos do Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira.

A empresa de gestão de frotas Localiza também caiu, em meio à conclusão da operação de fusão com a Unidas.

Já a administradora de planos de saúde Qualicorp teve performance positiva, depois de adquirir uma nova carteira de clientes.

Confira os destaques registrados no dia:

Commodities

A CSN Mineração encerrou o pregão com perdas, assim como a maior parte dos papéis das siderúrgicas e mineradora Vale. Como pano de fundo, os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram, em meio à preocupações sobre a demanda da commodity na China.

Segundo a Reuters, o contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na bolsa de commodities de Dalian da China encerrou as negociações em queda de 5,8%, a 719,50 iuanes (US$ 107,49) a tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o contrato para agosto caiu 4,8%, a US$ 109,15 a tonelada. Confira o desempenho dos papéis registrado por volta de meio-dia:

Enquanto isso, as petroleiras mantiveram alta, acompanhando o avanço dos preços do petróleo no exterior. A PetroRio um dos principais destaques positivos.

Qualicorp

A Qualicorp (QUAL3) avançou 1,59%, para R$ 11,50, após a companhia informar na véspera que adquiriu carteira cerca de 6,7 mil vidas, no segmento coletivo por adesão, do Grupo Clube Care.

Blau Farmacêutica

A Blau (BLAU3) teve ganhos de 1,33%, para R$ 25,83. A alta ocorre mesmo após a revisão do Itaú BBA para as ações da empresa, que manteve recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo do papel (estimativa para o valor da ação no final do ano) de R$ 64 para R$ 37.

“Apesar da redução, o valor justo ainda implica em potencial de alta de 45% em relação ao último fechamento”, ponderou a casa ao reiterar que o principal impacto do modelo vem do maior custo de capital estimado.

“Desde nossa última atualização, nosso custo de capital próprio aumentou de 13,2% para 14,8%, o que nos levou ao ajuste no preço-alvo. Ainda assim, vemos a empresa negociando a 12 vezes o preço por ação em relação ao lucro por ação (P/L) em 2022 e 10 vezes o P/L em 2023, o que consideramos muito atraente para uma empresa líder em um setor resiliente e defensivo de produtos farmacêuticos institucionais, com boas perspectivas de crescimento à frente”, escreveram os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini, Felipe Amancio e Niviane Magalhães.

MRV

A construtora MRV (MRVE3) caiu 0,85%, para R$ 8,21. A empresa concluiu a venda de dois empreendimentos localizados nos estados de São Paulo e Bahia pelo total de R$ 141,5 milhões em Valor Geral de Venda (VGV).

Localiza

As novas ações da Localiza (RENT3), que passaram a ser negociadas nesta segunda-feira na B3 após a conclusão da combinação de negócios com a Unidas, caíram 0,73%, para R$ 52,72. A relação de troca aos acionistas é de 0,438 ação ordinária da Localiza para cada papel ordinário da Unidas.