A fabricante de telhas Eternit (ETER3) informou ao mercado a troca de comando da companhia. Sai Luis Augusto Barcelos Barbosa para entrada de Paulo Roberto de Oliveira Andrade.
O novo diretor presidente passará a exercer o cargo em 1º de julho, deixando assim o assento no conselho da companhia. Já Barbosa vai ocupar a vaga no conselho deixada pelo novo mandatário.
A troca de cadeiras foi aprovado por unanimidade pelo conselho de administração da empresa, segundo comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A companhia informou que “reconhece o excelente papel desempenhado pelo Sr. Luis Augusto à frente da gestão da Eternit, sobretudo num momento de significativos desafios, entre os quais destacam-se a recuperação judicial e o crescimento da Eternit nos últimos anos”.
Recuperação Judicial
Em março de 2018, a Eternit entrou com pedido de recuperação judicial, dado o impacto financeiro nos negócios com a proibição do amianto – antes usado na produção de suas telhas por pelo menos 80 anos. Por ser considerado um material cancerígeno, seu uso foi banido em toda a cadeia de produção e passou companhia a usar fibras de polipropileno.
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Em plena pandemia, a companhia conseguiu alívio financeiro diante dos juros em baixa e o boom no setor de construção. A empresa apresentou lucro de R$ 269 milhões em maio de 2021, o que a fez retomar o pagamento de dividendos aos seus acionistas e a retomada de investimentos com a compra de uma nova fábrica no Ceará. No entanto, a recuperação continua em curso, com disputas trabalhistas.
A companhia ainda exporta a fibra crisotila (amianto) uma vez que tem uma mina do insumo em funcionamento. Ainda não são todos os países que proíbem o material.
Já uma nova via para crescimento são telhas fotovoltaicas que captam energia solar. Pelo menos dois modelos produzidos pela Eternit já estão no mercado, segundo a companhia.
Desempenho ETER3
No ano, as ações da Eternit acumulam alta de 3,2%, negociadas a R$ 10,91 às 11h30 desta quinta-feira (1). O valor de mercado da companhia hoje é de R$ 673,3 milhões.
Em maio de 2021, os papéis chegaram a bater os R$ 32,27, impulsionados pelos bons resultados durante a pandemia de covid-19.
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