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Finanças

Dólar fecha em leve baixa após BC vender US$ 3 bilhões ao mercado

Leilão do BC garantiu o fechamento em baixa, na visão de alguns analistas

Ilustração representando investimento estrangeiro na América Latina
Ilustração: João Brito

O dólar fechou a quinta-feira (26) pós-Natal em leve baixa no Brasil após o Banco Central vender ao mercado US$ 3 bilhões em leilão à vista realizado no início da sessão, enquanto no exterior a moeda norte-americana tinha desempenho misto ante as demais divisas.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,11% ante o fechamento da segunda-feira, aos R$ 6,1779. Às 17h04 na B3 o dólar para janeiro – atualmente o mais líquido – cedia 0,38%, aos R$ 6,1815.

No início da sessão o BC vendeu US$ 3 bilhões ao mercado, elevando para 30,77 bilhões o total de leilões realizados desde que a instituição passou a intervir, há duas semanas, no mercado de câmbio. Esta conta inclui tanto as operações à vista quanto os leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra).

As operações do BC buscam atender à demanda por dólares por parte de empresas e fundos, para remessas ao exterior – algo comum nos finais de ano.

“Em dezembro desse ano, o Banco Central interveio diversas vezes no mercado com leilões de dólar à vista que somaram US$ 19 bilhões, além de leilões de linha de cerca de US$ 11 bilhões. O último ano com maior volume de venda de câmbio pronto havia sido em 2020, ano da pandemia, quando o BC vendeu um total de US$ 24 bilhões no mercado à vista”, registrou a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, em análise enviada a clientes.

Embora o dólar tenha chegado a subir em alguns momentos da sessão desta quinta-feira, o leilão do BC garantiu o fechamento em baixa, na visão de alguns profissionais.

“O leilão segurou bem o preço. Não foi muito o que a gente viu nos últimos leilões, em que (o BC) tentava fazer o leilão e o dólar voltava (a subir). Desta vez, o dólar está segurando bem a desvalorização”, comentou durante a tarde Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.

De olho no Congresso

Investidores também se mantiveram atentos ao noticiário vindo de Brasília – embora o Congresso esteja oficialmente em recesso até fevereiro.

Pela manhã, notícias na imprensa deram conta de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou para a tarde desta quinta-feira reunião de emergência com líderes da Casa. Na pauta estaria a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de suspender o pagamento de 4,2 bilhões de reais em emendas parlamentares.

Neste cenário, o dólar à vista oscilou entre a máxima de 6,1987 (+0,22% ante o fechamento da segunda-feira) às 10h23 e a mínima de 6,1466 reais (-0,62%) às 12h53.

No exterior, às 17h12 o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,01%, a 108,100.

Pela manhã, além da operação à vista, o BC vendeu 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 18,427 bilhões em dezembro até o dia 20. Somente na semana passada saíram do país US$ 11,640 bilhões líquidos, sendo que no período o Banco Central realizou uma série de leilões de moeda para dar conta da demanda de empresas e fundos interessados em enviar recursos ao exterior.

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