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Finanças

Dúvidas sobre equipe de Lula devem pressionar mercado, dizem analistas

Previsão para o curto prazo é de pessimismo no mercado, especialmente para as ações de estatais; já papéis de varejo e educação são destaques positivos.

Com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencendo a disputa pela presidência do Brasil neste domingo (30), o mercado já começa a pensar nas movimentações econômicas que estão por vir e como elas deverão impactar os investimentos. Neste primeiro momento, especialistas acreditam que as ativos ligados à educação e ao varejo devam se beneficiar. Em contrapartida, eles mencionam que as ações de estatais tendem a cair. 

Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital, afirma que a falta de detalhamento sobre “quem serão os ministros que ocuparão a equipe econômica” traz um “ponto de interrogação grande” ao mercado. “E isso nos primeiros dias traz um viés pessimista para o mercado em geral”.

Sobre as ações da bolsa de valores, ele destaca negativamente as perspectivas para as estatais, já que “o pensamento da esquerda não é de privatizações”.

Na mesma linha, Felipe Reymond Simões, economista e diretor da WIT Asset, menciona que, neste momento, com a vitória de Lula, investimentos em ações de estatais devem cair. Por outro lado, ele aponta que ativos de empresas relacionadas à educação e varejo devem ter alta.

No entanto, Simões acrescenta que, muito em breve, “o mercado vai voltar as atenções para o que está acontecendo lá fora” e, depois, vai se ajustar conforme o novo governo adotar algumas medidas na economia de forma mais concreta.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, também menciona que, com a vitória de Lula, deve haver destaque para as ações de setores da construção, educação, bancos e varejo. “O Lula promove mais crédito para a população, então qualquer setor relacionado ao aumento de crédito… saem beneficiados com ele”, comenta. 

Cohen também levanta a preocupação com a falta de sinalização em relação à equipe econômica. Ele diz que o mercado deve abrir em baixa na segunda-feira (31).

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, faz uma observação sobre o dólar. Ele cita que a moeda norte-americana deve se valorizar frente ao real nas próximas semanas, mas que deve “respeitar a média de R$ 5,20, projetada como referência pela maioria dos analistas do mercado”. Segundo ele, o dólar não será visto abaixo de R$ 5 no curto prazo.

“A bolsa de valores deve corrigir durante a semana, muito por conta das incertezas sobre qual será a política econômica adotada pelo novo governo, e muitos investidores devem preferir assistir de fora o que pode acontecer com as empresas estatais, o que pode gerar uma forte pressão vendedora também”, acrescenta Alves. 

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Crédito: Adobe Stock

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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