A dúvida entre fundos imobiliários de papel ou de tijolo costuma ser comum entre investidores. Para março, a recomendação do analista José Falcão, da NuInvest, é reduzir a exposição aos fundos de papel e aumentar a alocação no segmento de tijolo.
“O segmento de papel foi reduzido de 65% para 50%, e o de tijolo, aumentado de 35% para 50%. Então, a gente tem agora meio a meio”, diz ele sobre a carteira de FIIs recomendados para março. Apesar da mudança nas indicações do percentual de cada fundo na carteira do investidor, não houve alteração na lista dos 10 ativos recomendados.
“O objetivo dos fundos de papel na carteira é que eles sejam mais defensivos no cenário de juros e inflação elevados, porque eles conseguem repassar de forma mais imediata para o rendimento do cotista a correção monetária da inflação e a elevação na taxa de juros”, explica Falcão.
“Já em relação aos fundos de tijolo, o objetivo é oportunidade de comprar ativos bons e baratos, negociados, portanto, abaixo do seu valor patrimonial. Então, o objetivo principal é o ganho de capital no médio e longo prazo com ativos que estão extremamente baratos neste momento”, compara.
O analista fala ainda sobre o segmento de fundos imobiliários de escritórios. Ele comenta que “há uma migração dos fundos de papel por conta dessa característica defensiva”, enquanto “os fundos de escritório enfrentam ainda desconfiança dos investidores que esperam mais previsibilidade do segmento”. Mas Falcão aponta que existem boas oportunidades.
“Olhando pelo lado otimista, os fundos de escritório apresentam hoje um preço/valor patrimonial abaixo de 1, o que significa que estão baratos. No caso dos FIIs de escritório, o desconto médio é de 26%. Isso significa que você está comprando um metro quadrado com 26% de desconto em relação ao seu valor justo. Por isso que a gente fala da grande oportunidade que se abre aqui para o ganho de capital para quem tem uma visão de médio e longo prazo.”
No programa Analistas em Ação deste domingo (13), Falcão dá dicas sobre como escolher um bom fundo imobiliário de escritório, além de analisar o cenário do mercado de FIIs e comentar as últimas notícias sobre o Maxi Renda (MXRF11).