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Finanças

Ibovespa fecha em queda com Wall Street e preocupação fiscal; dólar sobe

Proposta do governo brasileiro sobre combustíveis e mercados acionários no exterior geraram receios.

B3 Bolsa Ibovespa
Crédito: Shutterstock

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda nesta quarta-feira (8), quase perdendo o patamar de 108 mil pontos no pior momento, pressionado pelo recuo das bolsas nos Estados Unidos na esteira do movimento dos Treasuries, além de preocupações com o cenário fiscal do Brasil.

O dólar se acomodou no fechamento das operações do mercado à vista nesta sessão, depois da forte alta da véspera, mas ainda teve ganho moderado e suficiente para marcar uma nova máxima em quase três semanas, em dia de pouco apetite por risco nos mercados externos.

No dia, o Ibovespa caiu 1,55%, aos 108.367 pontos. Já o dólar avançou 0,31%, negociado a R$ 4,8895.

Cenário interno

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira, que o governo federal não pretende interferir na política de preços da Petrobras, mas reclamou da elevada rentabilidade da empresa e frisou que falta à empresa um entendimento do momento atual da economia global.

Bolsonaro acrescentou que “lamentavelmente“ ainda não há, segundo ele, entendimento da Petrobras sobre o momento atual.

“A Petrobras é uma grande empresa, é um orgulho para nós, mas ela tem sua função social. Grandes petrolíferas baixaram sua margem de lucro e aqui se faz o contrário, ainda”, afirmou o presidente em discurso na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Nesta semana, o governo anunciou um pacote de medidas para tentar reduzir os preços dos combustíveis. Uma das iniciativas é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para zerar tributos federais e estaduais sobre combustíveis, que terá um custo de R$ 40 bilhões por aproximadamente seis meses de vigência.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta quarta-feira conforme os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram, superando o nível psicologicamente importante de 3%, e os preços do petróleo saltaram, o que alimentou preocupações com a inflação e com as perspectivas para as taxas de juros.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,09%, para 4.115,50 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq desvalorizou 0,74%, para 12.085,09 pontos, e o Dow Jones recuou 0,82%, para 32.906,57 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta quarta-feira, com preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico e uma previsão pessimista do Credit Suisse pesando sobre os bancos, enquanto investidores se preparavam para as reuniões do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, e do Federal Reserve, na próxima semana.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,57%, a 440,37 pontos.

Os bancos caíram 0,9%, depois que o Credit Suisse disse que provavelmente registrará perda em todo o grupo no segundo trimestre, já que a volatilidade afetou seu banco de investimento.

“O que está pesando sobre as ações financeiras são as preocupações com a desaceleração do crescimento econômico. Talvez a confiança do consumidor esteja caindo, os consumidores podem estar menos dispostos a tomar empréstimos extras”, disse Susannah Streeter, analista sênior de mercados da Hargreaves Lansdown.

“De muitas maneiras, já havia certa quantidade de fraqueza contabilizada, mas (o anúncio do Credit Suisse) certamente vem como uma nova onda de decepção.”

Enquanto isso, os mercados monetários intensificavam suas apostas nos aumentos de juros pelo BCE, precificando 0,75 ponto percentual de alta até setembro.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,08%, a 7.593,00 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,76%, a 14.445,99 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,80%, a 6.448,63 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,53%, a 24.236,67 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,01%, a 8.842,70 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,23%, a 6.334,92 pontos.

Ásia e Pacífico

Os principais índices de ações da China e de Hong Kong fecharam em máximas de dois meses nesta quarta-feira, em meio à esperança de uma recuperação da demanda após o alívio de restrições da Covid-19, enquanto novas licenças para lançamento de jogos impulsionaram as empresas de tecnologia de Hong Kong.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,04%, a 28.234 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,24%, a 22.014 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,68%, a 3.263 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,97%, a 4.219 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,01%, a 2.626 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,95%, a 16.670 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,18%, a 3.225 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,36%, a 7.121 pontos.

*Com informações da Reuters.

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