Finanças

Ibovespa cai quase 1% e fecha nos 115 mil pontos; dólar recua para R$ 5,23

Após fala de Campos Neto, agentes do mercado acreditaram que Copom não deverá acelerar o processo de aumento da taxa Selic.

Publicado

em

Tempo médio de leitura: 4 min

O Ibovespa hoje, principal índice da B3, recuou nesta quarta-feira (15), enquanto o dólar perdeu força frente ao real. O dia foi marcado pela divulgação de dados melhores que o esperado sobre a atividade econômica brasileira, enquanto os operadores monitoraram as perspectivas para os juros básicos e o clima institucional em Brasília.

O Ibovespa fechou em queda de 0,96%, aos 115.063 pontos. O dólar caiu 0,41%, comercializado a R$ 5,2360.

Rafael Panonko, analista chefe da Toro Investimentos, disse à Reuters que, ao mesmo tempo que os investidores digeriram os dados sobre a atividade, também repercutu nos mercados fala da véspera do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Em evento de terça-feira, ele disse que o BC levará a Selic para onde for necessário, mas não irá alterar seu plano de voo a cada número de alta frequência que sair.

Em nota, analistas da Genial Investimentos disseram que “a declaração foi interpretada como um recado de que o Copom não deverá acelerar o processo de aumento da taxa Selic na reunião da próxima semana, apesar da surpresa negativa do IPCA de agosto.”

O Banco Central aumentou o ritmo de aperto monetário em seu encontro de agosto ao subir a Selic em 1 ponto percentual, a 5,25% ao ano. Juros mais altos no Brasil tendem a beneficiar o real, de acordo com especialistas, ao elevar a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico.

Enquanto isso, a cautela continuava permeando as perspectivas dos investidores para o desempenho do real nos próximos meses, em meio à deterioração das contas públicas e incertezas institucionais.

Destaques do Ibovespa

As ações de blue chips como Vale (VALE3) e Itaú Unibanco (ITUB4) entre as principais pressões. Petro Rio (PRIO3) foi destaque de maior alta do Ibovespa, fechando negociada a R$ 21,09, com valorização de 7,44%. Veja outros destaques da bolsa.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos EUA fecharam em alta nesta quarta-feira, com o avanço dos preços do petróleo impulsionando os papéis do setor de energia enquanto uma série de dados positivos dos EUA sugeriram que a inflação atingiu o pico e a recuperação econômica continua robusta.

Todos os três principais índices de ações dos EUA ganharam força, com ações cíclicas economicamente sensíveis, smallcaps e ações de transporte liderando a alta.

Segundo dados preliminares:

  • Dow Jones subiu 0,71%, para 34.821,5 pontos
  • S&P 500 teve alta de 0,86%, para 4.481,24 pontos
  • Nasdaq Composite avançou 0,84%, para 15.163,72 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em baixa nesta quarta, com dados fracos sobre a atividade industrial e no varejo pesando sobre o sentimento, enquanto novos surtos de covid-19 também levantaram preocupações sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,52%, a 30.511 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,84%, a 25.033 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,17%, a 3.656 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,01%, a 4.867 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,15%, a 3.153 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,46%, a 17.354 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,71%, a 3.058 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,27%, a 7.417 pontos.

(*Com informações de Reuters)

Veja também

  • Crise hídrica: ações de energia solar e eólica são a ‘bola da vez’?
  • FII, FIC, FIA: qual a diferença entre as siglas dos fundos de investimento?
  • Mercado de opções: o que é, como funciona e como investir?
  • Méliuz para cima, Magalu para baixo: o que está acontecendo?
  • Gol anuncia ‘codeshare’ exclusivo com American Airlines e aporte de US$ 200 mi
  • Avanço do PIB do G-20 desacelera no 2º tri, mostra OCDE
  • B3 passa a negociar 13 novos BDRs de ETFs da First Trust

Mais Vistos