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Finanças

Dólar dispara mais de 2%, com investidores à procura de segurança; Ibovespa cai

Mercado seguiu preocupado com os impactos das altas de juros ao redor do mundo.

O dólar fechou em alta de mais de 2% nesta segunda-feira (26), com investidores do mundo inteiro correndo para a segurança da divisa norte-americana em meio aos temores crescentes de que juros mais altos nas principais economias levem a uma recessão global. O Ibovespa, por sua vez, teve forte queda, influenciado por um exterior negativo e expectativas da eleição presidencial.

No dia, o dólar avançou 2,52%, negociado a R$ 5,3804. Já o Ibovespa recuou 2,33%, aos 109.114 pontos.

Cenário externo

“Investidores ainda (estão) preocupados sobre a consequência que os apertos monetários dos grandes bancos centrais do mundo podem levar às economias, uma recessão”, disse Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora.

Investidores têm fugido rapidamente de ativos considerados arriscados nos últimos dias, principalmente desde que o Federal Reserve subiu sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida na quarta-feira passada e projetou uma trajetória de aperto monetário mais agressiva do que o inicialmente esperado pelos mercados.

Com a divulgação de dados de inflação das principais economias e falas de dirigentes de bancos centrais agendadas para os próximos dias, “a semana promete ser desafiadora… um prato cheio para amplitude e volatilidade” nas oscilações do câmbio, completou Rugik, chamando a atenção ainda, no âmbito doméstico, para as eleições presidenciais de domingo.

Cenário interno

A última semana de campanha antes do primeiro turno será marcada por uma avalanche de pesquisas eleitorais, com todas as atenções voltadas para possíveis indícios sobre as chances de o líder nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liquidar a fatura já no dia 2 de outubro.

Analistas da Genial Investimentos também destacaram em relatório a agenda local de indicadores desta semana, que trará as leituras do IPCA-15 de setembro e do índice de preços ao produtor de agosto, dados de desemprego, relatórios de dívida e crédito e dados fiscais.

Bolsas mundiais

Wall Street

Placa próxima à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street 17/09/2019 REUTERS/Brendan McDermid

Wall Street foi ainda mais fundo no território de mercado em baixa (“bear market”, em inglês) nesta segunda-feira, com os índices S&P 500 e Dow Jones fechando em queda em meio ao temor de investidores de que a campanha agressiva do Federal Reserve contra a inflação possa levar a economia norte-americana a uma forte desaceleração.

Após duas semanas de perdas constantes no mercado de ações dos EUA, o Dow Jones confirmou que está em mercado em baixa em relação a pico do início de janeiro. O S&P 500 confirmou em junho que estava nesse território, e, nesta segunda-feira, encerrou a sessão abaixo de sua mínima de fechamento de meados de junho, o que estendeu a liquidação geral deste ano.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,01%, para 3.655,99 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq cedeu 0,60%, para 10.802,53 pontos. O Dow Jones caiu 1,08%, para 29.271,25 pontos.

Europa

As ações italianas tiveram desempenho superior ao de pares europeus nesta segunda-feira, depois que uma coalizão de direita liderada por Georgia Meloni venceu a eleição nacional, enquanto outras bolsas regionais caíram em meio à aversão ao risco após o aperto monetário de bancos centrais.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,42%, a 388,75 pontos, e encerrou perto de mínimas desde dezembro de 2020 após uma forte liquidação na semana passada, quando dados mostrando desaceleração na atividade econômica na região.

Operadores apostam que um aumento da taxa de juros do Reino Unido pode ser iminente depois que a libra caiu para uma mínima recorde em relação ao dólar na esteira de um pacote fiscal mal recebido, anunciado na sexta-feira.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,03%, a 7.020,95 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,46%, a 12.227,92 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,24%, a 5.769,39 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,67%, a 21.207,25 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,99%, a 7.508,50 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,30%, a 5.415,93 pontos.

Ásia e Pacífico

Bolsa de Pequim 17/02/2022 REUTERS/Florence Lo

As ações da China e de Hong Kong abriram mão de ganhos do início da sessão para fechar em queda nesta segunda-feira pelo quarto pregão consecutivo, com os mercados globais sob pressão diante do aperto monetário no exterior e das preocupações com a recessão.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,66%, a 26.431 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,44%, a 17.855 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,20%, a 3.051 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,50%, a 3.836 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 3,02%, a 2.220 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,41%, a 13.778 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,40%, a 3.181 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,60%, a 6.469 pontos.

*Com informações da Reuters.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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