Finanças
Ibovespa fecha abaixo de 113 mil pontos, à espera da eleição e balanços
Investidores também aguardam decisão sobre juros que deverá ser divulgada ainda nesta quarta-feira.
O Ibovespa fechou em queda pelo 3º pregão seguido nesta quarta-feira (26), com agentes financeiros ajustando as últimas posições antes do desfecho da eleição presidencial no domingo (30) e diante de um viés mais negativo em Wall Street. Balanços corporativos também repercutiram na sessão. O dólar, por sua vez, encerrou em alta, ao maior patamar em quase um mês.
No dia, o Ibovespa recuou 1,62%, aos 112.763 pontos. Já o dólar avançou 1,18%, negociado a R$ 5,3806.
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Cenário interno
Pesquisas Genial/Quaest e PoderData divulgadas nesta manhã mostraram melhora no desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a Jair Bolsonaro (PL) quanto às intenções de voto, embora dentro da margem de erro.
“A gente está às portas do segundo turno eleitoral, então isso está pesando muito e fazendo com que o nosso mercado certas vezes opere um pouco descolado lá de fora”, disse à Reuters Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.
“A gente observa um sentimento crescente de aversão ao risco. Acho que a gente deve esperar bastante volatilidade… até o final dessa semana, até a gente ter de fato a decisão de quem que vai ser o próximo presidente.”
A reta final da corrida eleitoral tem sido conturbada. No último domingo, o apoiador de Bolsonaro e ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) atacou policiais federais que cumpriam mandato de prisão, enquanto, na segunda-feira, o atual presidente afirmou, sem provas, que rádios do país não têm veiculado adequadamente as inserções eleitorais, supostamente favorecendo Lula.
Alguns investidores viram isso como tentativa da campanha de Bolsonaro de descredibilizar o processo eleitoral, elevando o risco de eventual questionamento do resultado do segundo turno.
Da safra de resultados, Weg (WEGE3), Santander Brasil (SANB11) e Telefônica Brasil (VIVT3) estavam entre as empresas que reportaram balanços do terceiro trimestre.
Além disso, ocorre nesta quarta-feira a decisão da taxa Selic pelo Copom que será divulgada a partir das 18h. O mercado espera mais uma manutenção da taxa atual, em 13,75%.
Outros dados econômicos do dia foram o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que teve deflação de 1,96% em setembro, e os dados do Caged, que indicam que o Brasil abriu 278.085 vagas formais de trabalho em setembro, abaixo de 2021.
Bolsas Mundiais
Wall Street
O índice S&P 500 encerrou uma série de três dias de ganhos, uma vez que balanços corporativos sombrios aprofundaram os crescentes temores de uma desaceleração econômica global.
Mas esses temores, juntamente com um aumento da taxa de juros menor do que o esperado pelo Banco do Canadá, continuaram a alimentar as esperanças de que o Fed possa considerar diminuir o tamanho de seus incrementos de juros após sua reunião de política monetária de 1 a 2 de novembro.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,75%, para 3.830,22 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 2,05%, para 10.969,45 pontos. O Dow Jones subiu 0,01%, para 31.840,23 pontos.
Europa
As ações europeias reverteram perdas iniciais para atingir a máxima em cinco semanas nesta quarta-feira, depois que uma alta menor do que o esperado nos juros pelo Banco do Canadá alimentou expectativas de que os principais bancos centrais poderiam adotar uma abordagem menos agressiva.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,66%, a 410,31 pontos, em seu nível mais forte desde 20 de setembro. O índice alemão DAX, o francês CAC 40 e o italiano FTSE MIB chegaram todos a um pico em seis semanas.
Os mercados de ações globais ganharam força depois que o banco central do Canadá anunciou uma elevação da taxa de juros menor do que a esperada e disse que está se aproximando do ponto em que os aumentos poderiam terminar, já que prevê que a economia do país pode entrar em uma ligeira recessão.
Todos os olhos estão voltados para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu na quinta-feira, em que autoridades devem avançar com outro incremento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros na tentativa de conter a inflação.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,61%, a 7.056,07 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,09%, a 13.195,81 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,41%, a 6.276,31 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,45%, a 22.389,78 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,97%, a 7.870,60 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,73%, a 5.692,79 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China iniciaram a sessão desta quarta-feira com força, diante da expectativa de que os Estados Unidos possam desacelerar as altas agressivas da taxas de juros, mas o otimismo foi parcialmente compensado por novos lockdowns contra a Covid-19 em várias partes da China.
O Índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,0%, interrompendo uma série de cinco dias de perdas.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,67%, a 27.431 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,00%, a 15.317 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,78%, a 2.999 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,81%, a 3.656 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,65%, a 2.249 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,50%, a 12.729 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,81%, a 3.008 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,18%, a 6.810 pontos.
*Com informações da Reuters.
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