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Finanças

Ibovespa fecha em queda de mais de 2% com aversão a risco antes de Fed

Investidores também aguardam o desfecho do Copom.

O Ibovespa fechou em queda de mais de 2% nesta terça-feira (2), diante de um ambiente avesso a risco no exterior em véspera de decisão de juros do banco central norte-americano. Investidores também aguardam o desfecho da reunião de política monetária do Banco Central (BC) brasileiro na quarta-feira. O dólar, por sua vez, fechou em alta firme ante o real, superando novamente os R$ 5, em meio a preocupações com o setor bancário dos EUA e com a área fiscal do Brasil.

No dia, o Ibovespa registrou queda de 2,40%, aos 101.926 pontos. O dólar subia 1,18%, negociado a R$ 5,0463. Em abril, o dólar encerrou o mês com baixa acumulada de 1,61%, negociado a R$ R$ 4,9874 no último pregão do mês.

Os contratos de Depósitos interfinanceiros (DIs) para 2024 tiveram queda de 0,23%, a 13,265, enquanto os contratos para 2026 caíram 0,21%, a 11,735. A taxa para 2028 teve elevação de 0,17%, a 11,950.

Preocupações fiscais no Brasil

Nesta terça, investidores também repercutiram a decisão do governo brasileiro de taxar rendimentos no exterior de pessoas físicas no Brasil a partir do ano que vem, bem como de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).

“A confirmação do aumento do salário mínimo e reajuste para servidores, além da elevação da banda de isenção do Imposto de Renda, pressionam do lado do fiscal, que já vem mostrando piora tanto nos números quantos nas expectativas desde o envio do texto do novo arcabouço ao Congresso”, disse equipe da Guide Investimentos em nota a clientes.

‘Super Quarta’

No Brasil, o Copom deve deixar a Selic nos atuais 13,75%, enquanto o BC aguarda sinais claros de desinflação antes do possível início de um ciclo de queda dos juros no terceiro trimestre.

Num geral, a manutenção da Selic em nível elevado tem sido apontada como um pilar de sustentação do real, uma vez que torna os retornos da moeda mais atraentes. Por outro lado, muitos investidores ponderam que esse patamar alto dos juros se deve, em grande parte, a grandes incertezas fiscais e inflacionárias.

Sede do Federal Reserve, em Washington 16/12/2015 REUTERS/Kevin Lamarque

Nos EUA, a expectativa é de que o Fed eleve os juros em 0,25 ponto percentual, no que provavelmente será o último aperto do atual ciclo de elevação da taxa. Embora isso possa deixar o dólar sob pressão global, investidores alertavam para outros riscos, como sinais de dificuldades no setor bancário e o impasse sobre o teto da dívida norte-americana, como fatores que podem sustentar o apetite pela segurança do dólar.

Os temores com uma desaceleração econômica e com o estresse no setor bancário fomentaram as expectativas de cortes nos juros na segunda metade do ano.

No entanto, com a inflação bem acima da meta de 2% do banco central e um mercado de trabalho ainda forte, as chances de cortes nos juros parecem menos prováveis.

Destaques da B3

Vale

A ação da Vale (VALE3) teve queda de 3,99%, o que puxou o Ibovespa para baixo devido ao peso importante que tem sobre a composição do índice. A queda acompanha o movimento negativo de outras mineradoras em mercados no exterior.

Suzano e Klabin

A ação da Suzano (SUZB3) avançou 2,21%, enquanto a Klabin (KLBN11) subiu 0,26%, entre as poucas altas do pregão, beneficiadas pela alta do dólar ante o real na sessão. O BTG Pactual também incluiu as ações da Suzano em sua carteira recomendada para maio.

IRBR3

O primeiro pregão de maio ainda traz uma nova composição do Ibovespa, com o retorno dos papéis da resseguradora IRB Brasil (IRBR3), que subiu 8,48%.

Enquanto isso, as ações da concessionária de infraestrutura Ecorodovias (ECOR3), do grupo de saúde Qualicorp (QUAL3) e do banco Pan (BPAN4) foram excluídas do Ibovespa. Os três papéis tiveram perdas neste pregão.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em forte queda nesta terça, com papéis de bancos regionais em queda devido a temores renovados sobre o sistema financeiro.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,17%, para 4.119,05 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,11%, para 12.077,29 pontos. O Dow Jones caiu 1,09%, para 33.680,41 pontos.

Europa

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em seu nível mais baixo em quase um mês nesta terça-feira, no início de uma semana mais curta, repleta de eventos importantes de bancos centrais, com as ações de energia em queda e a Pearson na lanterna entre as empresas de mídia.

O  STOXX 600 fechou em queda de 1,24%, a 461,08 pontos, seu pior nível desde o início de abril.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,24%, a 7.773,03 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,23%, a 15.726,94 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,45%, a 7.383,20 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,65%, a 26.630,09 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,72%, a 9.082,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,41%, a 6.124,70 pontos.

Ásia

A maioria das ações japonesas caiu nesta terça-feira, com o nervosismo em torno do sistema bancário dos Estados Unidos pesando sobre as ações financeiras domésticas, enquanto exportadores obtiveram um impulso de um iene mais fraco.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,12%, a 29.157 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,20%, a 19.933 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC permaneceu fechado.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,91%, a 2.524 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,37%, a 15.636 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,35%, a 3.281 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,92%, a 7.267 pontos.

*Com informações da Reuters.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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