O Ibovespa fechou em alta de 0,44% nesta segunda-feira (13), a 128.154,79 pontos, em meio à repercussão de resultados corporativos, com destaque para Azul, BTG Pactual e Yduqs, enquanto se espera as performances trimestrais de Petrobras e Natura&Co. O volume financeiro somou R$ 14,193 bilhões.
Já o dólar terminou a sessão muito próximo da estabilidade ante o real, ainda que pela manhã as cotações tenham ensaiado um ajuste de baixa um pouco maior.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1515 na venda, em leve queda de 0,12%. Em maio, a divisa acumula baixa de 0,79%.
No início da tarde, porém, o dólar à vista já havia se reaproximado da estabilidade ante o real, em meio à expectativa pela divulgação da ata do Copom, na terça-feira. Na máxima do dia, às 12h48, a divisa marcou R$ 5,1659 (+0,16%).
“Temos visto um aumento da volatilidade de modo geral. As próprias opções têm mostrado isso, com aumento da vol (volatilidade implícita)”, pontuou durante a tarde Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.
“Só que a gente tem hoje (segunda-feira) alguma cautela extra em função da ata do Copom amanhã. Embora a gente tenha visto alguma postura positiva mais cedo, ao que tudo indica o mercado quer ficar neutro para aguardar a ata”, acrescentou.
Ata
A cautela do dólar predominou porque o mercado buscará na ata um esclarecimento sobre a divisão acirrada no último encontro do Copom, quando cinco dirigentes votaram pelo corte de 25 pontos-base da taxa básica Selic, para 10,25% ao ano, e quatro defenderam redução de 50 pontos-base.
Como todos os quatro que defenderam corte menor foram nomeados já no governo Lula, a interpretação do mercado em um primeiro momento foi de que em 2025, quando este grupo se tornar maioria entre os nove integrantes do Copom, o BC poderá se tornar mais leniente com a inflação. Daí a forte pressão de alta para o dólar nas três sessões anteriores.
Profissionais ouvidos pela Reuters disseram que a ata poderá reforçar este receio — o que tende a manter o viés de alta dos juros futuros e do dólar ante o real — ou amenizá-lo.
Exterior
No exterior, a expectativa gira em torno da divulgação de dados importantes de inflação nos EUA nas próximas sessões: preços ao produtor na terça-feira e preços ao consumidor na (CPI, na sigla em inglês) de abril na próxima quarta-feira.
No fim da tarde desta segunda-feira, o dólar se mantinha em queda ante as divisas fortes e ante boa parte das moedas de exportadores de commodities e emergentes.
Às 17h11, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,10%.
Pela manhã o BC vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho.
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