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Ibovespa fecha em alta de 1,26% puxado por Vale e otimismo em Wall Street

Na máxima do dia, o índice superou os 120 mil pontos com clima favorável no mercado interno e externo

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A bolsa de valores fechou em alta nesta quarta-feira (3), puxada pelas ações da Vale (VALE3) que avançaram 3,16% com desfecho sobre acordo por Brumadinho, na ordem de R$ 37 bilhões.

O Ibovespa encerrou as negociações nos 119.725 pontos, com valorização de 1,26%. Na semana, o índice acumula ganhos de 4%.

O índice da B3 também foi respaldado com otimismo em Wall Street. Após amargarem fortes perdas na última semana em meio a ataques especulativos, as bolsas americanas fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo. Dow Jones subiu 0,12%, o S&P 500 valorizou 0,11% e Nasdaq fechou estável, recuando 0,02%.

Os investidores em Wall Street e em outras partes do mundo estão mais esperançosos de que o governo Biden avance em negociações com a oposição republicana para o lançamento de um novo pacote fiscal em reação à pandemia de covid-19.

No Brasil, os investidores apostaram nas 35 prioridades de Bolsonaro para o Congresso. Assuntos como reforma administrativa, tributária, privatização da Eletrobrás e até prorrogação do auxilio emergencial entraram no jogo.

Contudo, o discurso dos novos comandantes da Câmara e do Senado de respeitar o teto de gastos animou os mercados.

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Após dois dias de queda, o dólar comercial fechou em leve alta de 0,28%, cotado a R$ 5,370. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,393.

Na semana, o dólar tem queda acumulada de 1,83%.

Segundo especialistas, o mercado enxergou de forma positiva os discursos do presidente Jair Bolsonaro e dos novos comandantes da Câmara e do Senado – Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sobre a manutenção de regras fiscais. Lira e Pacheco se comprometeram nesta quarta-feira a avaliar uma forma de retomar o auxílio emergencial, mas respeitando o teto de gastos.

Destaques da Bolsa

A maior alta do dia foi do Banco BTG Pactual (BPAC11) que atingiu a sua cotação recorde de R$ 106,47, com valorização de 7,73%. O banco disparou após relatório do Goldman Sachs apontar expectativa de resultados sólidos para a instituição, que deve divulgar seu balanço do 4º trimestre de 2020 na próxima semana.

Os analistas do Goldman reforçaram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 125 para o papel.

Seguida da Braskem (BRKM5) que valorizou 6,22%. Subiram também os shoppings após o governador de São Paulo, João Doria, suspender o fechamento de atividades econômicas aos fins de semana. Na 3ª posição entre as altas do dia, a Multiplan (MULT3) saltou 5,63%.

No lado oposto do Ibovespa, a Totvs (TOTS3) recuou 2,31%, realizando lucro após salto de 7% ontem. Analistas do Bank of America (BofA) reiteraram recomendação neutra para os papéis da companhia e estimaram um crescimento orgânico de 5% na receita do 4º trimestre.

Ainda entre os destaques negativos caíram CVC (CVCB3) e BR Distribuidora (BRDT3), com desvalorização de 2,25% e 1,50%, respectivamente.

Os papéis da BRDT3 recuaram com suspensão preventiva da comercialização de gasolina de aviação após a companhia detectar um parâmetro do combustível fora dos limites de especificação.

Bolsas americanas

O índice S&P 500 fechou em alta pelo terceiro pregão consecutivo nesta quarta-feira, com as ações da Alphabet Inc saltando após fortes resultados trimestrais.

A valorização dos papéis da controladora do Google ocorreu um dia depois da divulgação de seu balanço, o qual mostrou que a empresa se beneficiou de lockdowns que levaram o varejo e outros segmentos a recorrer à publicidade online.

Dow Jones subiu 0,12%, para 30.722,61 pontos, o S&P 500 ganhou 0,11%, para 3.830,08 pontos, e o Nasdaq teve variação negativa de 0,02%, para 13.610,54 pontos.

O índice de volatilidade da CBOE caiu quase 8%, também conforme números de antes do ajuste final.

Bolsas na Europa

Os índices acionários das principais bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quarta-feira (3). com investidores repercutindo uma série de dados macroeconômicos divulgados pela manhã. O foco também esteve na Itália, com a tentativa de resolução da crise política local por meio da formação de um novo governo. Notícias envolvendo a pandemia do novo coronavírus, incluindo perspectivas para a vacinação no continente, também influenciaram os mercados europeus.

O índice pan-europeu Stoxx-600 encerrou o pregão em alta de 0,33%, aos 407,27 pontos.

Ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), o economista Mario Draghi aceitou o pedido do presidente da Itália, Sergio Mattarella, para que ele forme uma nova coalizão governista no país, após a crise que culminou na saída de Giuseppe Conte.

A notícia impulsionou o índice FTSE MIB, de Milão, que encerrou em alta de 2,09%, aos 22.527,90 pontos.

Segundo o Julius Baer, a perspectiva de que um economista “distintamente pró-Europa e experiente” como Draghi seja o primeiro-ministro da Itália anima investidores. O banco alerta, porém, para a possibilidade de Mattarella ter de convocar eleições para resolver a crise política no país, caso mais uma tentativa de formar um governo estável não tenha sucesso.

Em contrapartida à melhora do cenário político italiano, pesaram sobre os índices uma série de indicadores fracos. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto de janeiro da zona do euro caiu a 47,8, enquanto o de serviços também teve recuo a 45,4. A alta nos índices de inflação ao consumidor e ao produtor do bloco, porém, ajudaram a limitar o pessimismo de investidores.

No Reino Unido, o PMI de serviços para o mesmo mês teve queda de quase 10 pontos, a 39,5. O FTSE 100, de Londres, foi o único a fechar em baixa nesta quarta, com recuo de 0,14%, aos 6.507,82 pontos.

Na bolsa britânica, a GlaxoSmithKline recuou 6,07%, na maior baixa diária do FTSE 100, após registrar leves ganhos com o anúncio de que irá desenvolver vacinas para a covid-19 em parceria com a farmacêutica alemã Curevac.

O DAX, de Frankfurt, fechou com ganhos de 0,71%, aos 13.933,63 pontos, impulsionado pelo setor automotivo da Alemanha. A ação da Daimler acumulou a maior alta do índice, de 8,91%, seguida pela Volkswagen, que subiu 2,27%.

Na Espanha, o Santander fechou em alta de 0,67% após anunciar metas de rentabilidade mais ambiciosas em balanço. O IBEX 35, de Madri, encerrou o pregão com ganhos de 0,78%, aos 8.012,80 pontos.

O contínuo recuo dos casos e mortes por covid-19 em algumas das principais economias da Europa também deram algum suporte às bolsas. A Alemanha relatou, mais uma vez, menos de 10 mil infecções e 1 mil óbitos pela doença nas últimas 24 horas. Já no Reino Unido, foi ultrapassada a marca de 10 milhões de pessoas vacinadas, segundo o primeiro-ministro, Boris Johnson.

Diante desde cenário, o PSI 20, de Lisboa, fechou em alta de 0,36%, aos 4.819,40 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, ficou estável, aos 5.563,05 pontos.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

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