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Finanças

Ibovespa fecha semana no vermelho com TikTok e teto de juro; dólar vai a R$ 5,41

Cerco ao TikTok pelo governo Trump e aprovação do teto de juros pesaram sobre o humor da bolsa brasileira.

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O principal índice da B3 fechou em forte queda nesta sexta-feira (7), diante da crescente tensão entre EUA e China. O presidente Donald Trump emitiu ordens executivas contra as empresas chinesas Tencent e ByteDance, elevando as tensões entre os dois países e pesando sobre o humor do mercado

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O principal índice da B3, o Ibovespa, fechou em baixa de 1,30%, aos 102.775 pontos. Com isso, acumulou desvalorização de 0,13% na semana. Já o dólar comercial terminou negociado em R$ 5,4126, subindo 1,305%.

Na quinta à noite, o presidente Donald Trump emitiu ordens executivas determinando que transações dos EUA com as empresas chinesas Tencent e ByteDance – controladoras dos aplicativos WeChat e TikTok, respectivamente -, sejam interrompidas em 45 dias. Recentemente, a Microsoft expressou interesse em comprar as operações americanas da TikTok.

O gerente de Tesouraria do Banco da China no Brasil, Jayro Rezende, diz que o embate entre Estados Unidos e China é o fator preponderante para a cautela dos investidores, juntamente com a espera pelo desfecho das negociações entre republicanos e democratas em torno do novo pacote de ajuda à economia americana.

A aprovação do teto para juros cobrados no cheque especial e cartão de crédito no Senado também pesou para a piora do humor no mercado local. O projeto de lei vem pressionando as ações de bancos e será encaminhado para a Câmara, com grandes chances de encontrar resistência. “Gera insegurança jurídica, pode ser contestado pelas entidades que representam os bancos”, avaliou o gerente de Tesouraria do Banco da China no Brasil, Jayro Rezende.

Destaques da Bolsa

O minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao reagiu em queda à tensão entre EUA e China, de 1,70%, fechando em US$ 119,21 a tonelada, o que pressionou as ações de commodities ligadas a metais na B3, com destaque para as ações da Vale (VALE3), que caíram mais de 2% perto do horário do fechamento.

Além disso, o petróleo devolveu ganhos recentes e caiu quase 1,5% no exterior esta manhã, atingindo os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), que recuaram em torno de 2%.

As ações dos bancos sofreram com perdas tendo no radar a aprovação pelo Senado do teto para juros de cartão de crédito e cheque especial. Itaú Unibanco (ITUB4) teve queda de mais de 2%, enquanto as ações do Bradesco (BBDC4) desvalorizavam aproximadamente de 0,6%.

Indicadores

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,36%, ante um avanço de 0,26% em junho, informou nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego nos EUA se manteve estável em relação ao mês anterior. Segundo o Departamento do Trabalho americano, em julho, 10,2% da força de trabalho total está desempregada, mas procura emprego ativamente, comparado com 10,1% em junho.

Bolsas globais

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 7, sustentadas pela repercussões de indicadores que apontam para a contínua recuperação das maiores economias do planeta. Os ganhos, contudo, foram limitados pelas preocupações quanto à escalada das tensões entre Estados Unidos e China. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com avanço de 0,29%, a 363,55 pontos, tendo subido 2,03% na comparação semanal

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira reagindo a mais um capítulo das tensões comerciais entre EUA e China.

Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,96% nesta sexta, a 3.354,04 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,38%, a 2.272,66 pontos. Em Hong Kong, as ações da Tencent sofreram um tombo de 5,04%. Já o índice da bolsa local, o Hang Seng, cedeu 1,6%, a 24.531,62 pontos.

Com o novo desdobramento das complicadas relações sino-americanas, os últimos números da balança comercial chinesa ficaram em segundo plano. As exportações da China surpreenderam positivamente em julho, com expansão anual de 7,2%, bastante superior ao leve ganho de 0,1% esperado por analistas. Por outro lado, as importações tiveram queda anual de 1,4% no último mês, contrariando expectativas de alta de 1%.

*Com Estadão Conteúdo

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