Sob o ticker MUSQ, o ETF segue o índice MUSQ Global Music Industry, que acompanha o desempenho de empresas de capital aberto e fundos de royalties da indústria musical global. O portfólio inclui segmentos como streaming, conteúdo e distribuição, bilheteria de shows, rádio via satélite e tecnologia musical.
O lançamento acontece após o mercado da música ter recuperado o fôlego perdido durante a pandemia. Segundo o Relatório Global Music State of the Industry da IFPI de 2023, a indústria global do setor registrou receitas de US$ 26,2 bilhões em 2022 – aumento de 9% em relação ao ano anterior.
Para a EQM, a retomada da economia local em várias partes dos EUA foi impulsionada, em parte, pelos recentes shows da cantora Taylor Swift, com a turnê The Eras Tour. Mas a gestora acrescenta que o fenômeno foi apenas a “ponta visível do iceberg da música”. Em países como a Suécia, shows da Beyoncé mexeram com a inflação local. “A indústria musical global está atualmente experimentando um crescimento robusto”, diz a EQM, em nota.
Enquanto EUA ainda são o maior mercado da música, países como Japão, Reino Unido, Alemanha, China, França, Coreia do Sul, Canadá, Brasil e Austrália, respectivamente, compõem o restante dos 10 principais, de acordo com o white paper do fundo.
- Confira: Quem é Martin Lorentzon? Conheça a história do co-fundador do Spotify
De Spotify a Hybe
Primeiro índice a capturar o desempenho do mercado global de música, ele é exposto a 48 ações de empresas ligadas à música. Na carteira, há companhias como Spotify (S1PO34), cujo BDR listado na B3 acumulava valorização superior a 110% no ano até esta terça-feira (18), e Sony Music (SNEC34), que subia quase 14% no mesmo período.
Universal Music, Warner Music, Amazon, Live Nation, Hybe e SM Entertainment também compõem a carteira. Para garantir um equilíbrio do portfolio, os ativos do índice possuem um peso máximo de 7%, além de também considerar a liquidez e ser rebalanceado trimestralmente.
Desde o lançamento, em 5 de julho, o MUSQ acumulava alta de 3,71%. “Estamos facilitando o acesso dos investidores ao crescimento e inovação contínuos da indústria”, disse por nota o idealizador do ETF e CEO do MUSQ, David Schulhof.
Garimpando investimentos alternativos
A EQM desenvolve produtos negociados em bolsa (ETPs), com o objetivo de rastrear indústrias em crescimento e assuntos de investimento emergentes. Suas outras ofertas incluem ETPs com foco em cannabis, terras raras e blockchain.
Mas o MUSQ não é o primeiro fundo focado em música no mercado. Existem fundos mais “nichados”, que rastreiam gêneros e geografias específicos.
Por exemplo, em 2022 foi lançado em ETF de K-pop (“KPOP”), que mede o desempenho de empresas de entretenimento sul-coreanas, incluindo gigantes como HYBE, YG Entertainment e JYP.