O Tesouro Nacional tem condições de liquidez e de mercado para ampliar a oferta de títulos prefixados de dívida ao longo de 2024, na avaliação da Kinea Investimentos.
“Ao longo de 2023, tivemos mais vencimentos de títulos do que novas emissões, o que gerou um excedente de liquidez”, diz Leandro Teixeira, gestor de renda fixa da Kinea, em entrevista. Por si só, isso já seria suficiente para um aumento de demanda e na oferta das emissões, segundo Teixeira.
No ano passado até novembro, o Tesouro emitiu aproximadamente R$ 481 bilhões em prefixados, enquanto houve cerca de R$ 557 bilhões em vencimentos desses papéis. Os dados estão presentes no relatório mensal da dívida referente a novembro e desconsideram números do Tesouro Direto.
O formato da curva de juros futuros, “relativamente plana”, por sua vez, indica pouca exigência de prêmio de risco pelo mercado, diz Teixeira, da Kinea.
“Há oportunidade para emitir papéis com um prêmio de risco relativamente pequeno”, afirma ele. “O terreno é bastante fértil para o Tesouro realizar emissões de títulos prefixados e acho que ele irá tirar proveito dessa situação.”
De acordo com dados de vencimento da dívida no site do Tesouro, foram pagos ao redor de R$ 300 bilhões no dia 1º de janeiro. Nesta quinta-feira, foram retomados os leilões semanais. Foi vendido integralmente o lote de 7 milhões de NTN-F, com volume financeiro de R$ 6,8 bilhões, e 4,3 milhões de LTN, com volume de R$ 3,1 bilhões.
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