Finanças
Magalu cai 12% e lidera quedas do dia; CVC recua mais de 6% após balanço
Vibra (antiga BR Distribuidora) e Cosan também registraram desvalorização após divulgação dos resultados trimestrais.
As ações da Suzano (SUZB3) encerraram a terça-feira (16) liderando as altas do Ibovespa, com valorização de 3,50%, para R$ 53,17.
Já os papéis de Magalu (MGLU3) recuaram 12,65%, para R$ 9,74, e de Locaweb (LWSA3) fecharam com baixa de 11,78%, cotados a R$ 16,85, performando no topo das principais quedas do indicador.
A CVC, que reportou seus resultados trimestrais, caiu forte. Vibra (antiga BR Distribuidora) e Cosan também tiveram baixa. Confira os destaques registrados no dia:
CVC
Os papéis de CVC (CVCB3) cairam 6,57%, para R$ 15,50. A companhia contabilizou prejuízo de R$ 83,81 milhões, uma queda de 61,1% antes as perdas de R$ 215,55 milhões registradas no ano passado. A receita líquida somou R$ 230,4 milhões, um avanço de 271,4% também na variação anual. As reservas confirmadas alcançaram 64% do terceiro trimestre de 2019, período pré-pandemia.
Em relatório, Richard Cathcart, João Andrade e Renan Sartorio, analistas do Bradesco BBI, afirmaram que os resultados ainda foram fracos, mas que estão no caminho da recuperação. A equipe também mencionou que o crescimento sequencial de reservas confirmadas mostra que há uma demanda reprimida e, apesar de alguma defasagem nas reservas totais (embarque) em relação às reservas confirmadas (vendas), o embarques estão acontecendo, o que “ameniza” as preocupações na receita.
“No entanto, a dor de cabeça do cancelamento das reservas pré-covid permanece, pois há um saldo remanescente de R$ 830 milhões. Do lado positivo, as taxas de take rate (taxa que sobra para a companhia após pagamento de hotéis e passagens aéreas) mostraram alguma recuperação, especialmente do lado C2C (pessoas físicas), com menores cancelamentos e menor participação de embarques pré-covid, parcialmente compensados pelo B2B (empresas)”, afirmou a equipe do Bradesco BBI.
Vibra
A Vibra (BRDT3), maior distribuidora de combustíveis do Brasil, encerrou em queda de 1,93%, para R$ 22,33. A companhia teve lucro líquido de R$ 598 milhões, alta de 78,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu R$ 35,7 bilhões, representando um crescimento de 69% na comparação trimestral. O Ebitda ajustado, que é o lucro antes de juros impostos, amortização e depreciação, somou R$ 1,18 bilhão, um ganho de 42,1% na comparação anual e de 16,4% na trimestral.
Em relatório, a equipe de reaserch da Levante Investimentos destacou que o terceiro trimestre de 2021 foi marcado por uma expressiva recuperação de volumes de vendas após o segundo trimestre ter sofrido forte influência da redução da mobilidade e das atividades econômicas durante a segunda onda da pandemia da covid-19.
A Levante espera um impacto positivo nas ações da companhia no curto prazo.
Cosan
A Cosan (CSAN3) teve baixa de 1,52%, para R$ 20,79. A companhia registrou lucro líquido de R$ 531 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 7% na comparação com o mesmo período de 2020. O resultado é reflexo, principalmente, da melhor performance operacional da Raízen (RAIZ4), impulsionada pelo segmento de Renováveis, e da Compass, evidenciando, segundo a empresa, a retomada da atividade econômica.
A receita operacional líquida ficou em R$ 31,016 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 59% ante o mesmo período do ano passado.
Em relatório, os analistas do Credit Suisse informaram que o Ebitda consolidado da empresa de R$ 3,4 bilhões ficou praticamente em linha com o projetado. No geral, o banco apontou que o terceiro trimestre foi forte para a Cosan, embora o destaque negativo tenha sido o guidance da Raízen abaixo das expectativas do projetado pela casa.
Ânima
A Ânima (ANIM3) caiu 2,34%, para R$ 7,11. A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 59 milhões no terceiro trimestre de 2021.
O número ficou 66% acima da estimativa da XP Investimentos impulsionado por um aumento de 133% na receita líquida, principalmente suportado por aquisições; uma margem EBITDA ajustada de 42,2% (ipulsionada por redução em custos docentes e despesas corporativas) e despesas financeiras líquidas de R$ 307 milhões, geradas por um endividamento líquido de R$ 4,7 bilhões. “Os resultados foram sólidos, pois a empresa conseguiu apresentar grandes melhorias operacionais no trimestre, reforçando a nossa visão positiva em relação às ações – independentemente da elevada alavancagem carregada pela empresa”, avaliou a equipe da casa.
TC
A plataforma para investidores TC (TRAD3), Traders Club, que chegou a recuar mais cedo, encerrou em alta de 2,90%, para R$ 6,38. A empresa comprou uma participação de 20% na gestora de private equity DXA por R$ 20 milhões.
Fundada em 2012, a DXA tem mais de R$ 1 bilhão sob gestão e busca investir em empresas inovadoras da economia real do Brasil. Já investiu em empresas como ZeeDog, GreenPeople, Modern Logistics e Nomoo, entre outras.
O acordo permite que o TC amplie sua participação na DXA através da aquisição de novos usuários vindos do TC, o que potencialmente pode levá-lo a assumir uma posição majoritária na gestora.