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Finanças

Ibovespa fecha em queda e zera ganhos da semana passada; dólar sobe para R$ 5,49

Mercado acompanhou o cenário externo, em dia também de ajustes após o feriado.

Fachada da B3

O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, a B3, virou e encerrou a terça-feira (16) em queda. O dólar também mudou de sentido e fechou em alta em relação ao real na esteira de dados nos Estados Unidos mais fortes do que o esperado, elevando apostas sobre aumento de juros no país.

O Ibovespa caiu 1,82%, aos 104,403 pontos, devolvendo os ganhos de 1,44% acumulados na semana anterior. O dólar subiu 0,75%, a R$ 5,49, após oscilar entre R$ 5,50 e R$ 5,43 no dia.

“O principal catalisador disso (mudança de rumo do mercado nesta terça) foi a divulgação de dados do varejo dos EUA, novamente acima do esperado”, afirmou Bergallo.

Dados do Departamento do Comércio dos EUA divulgados mais cedo mostraram que as vendas no varejo norte-americano subiram 1,7% em outubro. Economistas consultados pela Reuters esperavam aumento de 1,4%.

Além disso, uma leitura separada do Departamento do Trabalho mostrou que os preços de importados nos EUA saltaram no mês passado, reforçando sinais de persistência da inflação.

Ambos os indicadores podem elevar a pressão sobre o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para que aperte a política monetária mais cedo do que o esperado de forma a conter a inflação. Os EUA têm sofrido com preços mais altos em meio à retomada da economia depois das restrições causadas pela covid-19, afetada ainda pela escassez de insumos e mão de obra.

Nesta terça-feira, um presidente regional do Fed disse que o banco central deve “seguir uma direção mais ‘hawkish'” (com tendência a política monetária mais dura, ou seja, com menos estímulos e juros mais altos) nas próximas reuniões para se preparar caso a inflação não comece a desacelerar.

Juros mais altos nos EUA tendem a beneficiar o dólar globalmente.

EUA e China

Mais cedo, a bolsa chegou a subir e o dólar recuou em meio a notícias de conversas entre os líderes das duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China. Os presidentes norte-americano, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, falaram virtualmente por três horas na segunda-feira. Embora não tenha rendido nenhum resultado imediato, o encontro virtual foi amplamente considerado como um esforço para evitar um confronto direto entre as duas potências.

Em relatório, analistas do Bradesco citaram nesta terça-feira “repercussão positiva” da notícia nos mercados internacionais, com a conversa entre Xi e Biden trazendo “um cenário mais favorável para a relação dos dois países”.

Os participantes do mercado costumam observar de perto as relações entre as duas maiores economias do mundo, uma vez que aumento das tensões e consequentes imposições de sanções econômicas ou tarifas retaliatórias poderiam afetar negativamente o comércio global. A China é a maior parceira comercial do Brasil.

Cenário interno

Internamente, investidores também digeriam nesta terça-feira dados que mostraram que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,27% em setembro em relação a agosto.

Destaques da bolsa

Destaques da B3

As ações da Suzano (SUZB3) lideraram as altas do Ibovespa nesta terça. Já os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) ficaram com as principais perdas do dia. CVC, Vibra (antiga BR Distribuidora) e Cosan também caíram em meio aos resultados do terceiro trimestre.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações de consumo impulsionaram os índices S&P 500 e Dow Jones nesta terça-feira, com o Walmart prevendo um forte trimestre de temporada de compras e as vendas mensais no varejo superando as expectativas. Mais cedo ações de tecnologia limitavam os ganhos no Nasdaq, que acabou encerrando o dia em alta.

O índice Dow Jones subiu 0,15%, a 36.142 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,39%, a 4.70o pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,76%, a 15.973 pontos.

Europa

Alguns índices de ações europeus ampliaram seu rali recorde nesta terça-feira, impulsionados pelas ações da investidora de tecnologia holandesa Prosus e pelo grupo de luxo francês Kering, ajudados ainda pelo otimismo sobre algum alívio das tensões entre Estados Unidos e China.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,34%, a 7.326,97 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,61%, a 16.247,86 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,34%, a 7.152,60 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,23%, a 27.804,93 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,61%, a 9.040,20 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,17%, a 5.654,18 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações de Xangai fecharam em baixa nesta terça-feira, com os papéis de defesa liderando as perdas, uma vez que os mercados reverteram os ganhos de mais cedo devido a sinais positivos nas negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,11%, a 29.808 pontos.Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,27%, a 25.713 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,33%, a 3.521 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,02%, a 4.883 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,08%, a 2.997 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,33%, a 17.693 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,05%, a 3.238 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,67%, a 7.420 pontos.

( * Com informações da Reuters)

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