Morning Call: Amazon e Google são destaques; nova fase do governo Bolsonaro

Destaques (José Falcão Castro):

Com indicadores importantes hoje, o PIB/4T da zona do euro abre o dia dos mercados globais, após recuo dos índices de atividade divulgados ontem, que enfraqueceram o euro;

Em Nova York, a temporada de balanços continua com nomes de peso, como Pfizer, ates da abertura dos mercados, Amazon e Alphabet (Google), após o fechamento do pregão;

Tudo indica para mais um dia de otimismo que puxam as bolsas desde a Ásia até NY, antes de balanços corporativos importantes. Além disso, o Início das negociações de Biden com republicanos em torno de estímulos foi descrito como “excelente” por uma senadora republicana e este clima de diálogo e cooperação faz muito bem para a estabilidade dos mercados globais; 

As bolsas americanas, que seguem recuperando perdas da semana passada, a pior desde outubro, Dow Jones futuro avança 0,86%, S&P 500 (+0,94%) e Nasdaq (+0,92%);

O PIB da zona do euro recua menos que o previsto no 4TRI: -0,7% na margem (projeção era de -1,2%) e -5,1% na base anual (projeção era de -5,7%);

Na Europa, o índice Stoxx 600 avança 1,28% (405,88 pontos) com todos os setores em alta, puxados por negociação de fusão no setor de tecnologia na França; há instantes, Frankfurt avançava 1,32%, Londres (+0,68%), Paris (+1,75%), Madri (+1,63%), Milão (+1,35%); Lisboa, exceção em meio a momento caótico da pandemia, caía 0,07%, porém próximo da estabilidade;

Commodities: o petróleo acompanha otimismo e sobe mais de 2% (Brent e  WTI); depois da onda especulativa de ontem, prata cai mais de 5%; minério de ferro em Qingdao fecha em baixa forte, de 4,63%, cotado a US$ 149,80; mais cedo, na Ásia, Xangai subiu 0,81%, Nikkei (+0,97%), Hong Kong (+1,23%), Kospi de Seul (+1,32%);

No Brasil, repercute o resultado de Itaú, ontem à noite, em linha com o esperado. Entre os indicadores, a produção industrial (9h) poderá voltar a ceder em dezembro, enquanto o mercado reage à vitória de Lira e Pacheco para comandarem a Câmara e o Senado, marcando uma nova fase para o governo do presidente Bolsonaro.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

IBOV: o pregão de ontem passou fácil da primeira resistência na faixa dos 116 mil pontos que agora passa a servir como suporte, mas ainda temos pontos importantes pela frente (118.000 e 120.00). Lembrando que o candle da semana passada voltou a fechar abaixo da média móvel exponencial de nove períodos (MME9) e temos ainda a semana toda pela frente para ver se é confirmado a perda deste suporte. 

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

Depois de três semanas consecutivas de queda, a segunda-feira (01) é positiva para a Bolsa brasileira. O Ibovespa avançou +2,13% seguindo o bom desempenho das bolsas nos Estados Unidos e a expectativa de que as eleições na Câmara e no Senado fossem nomes apoiados pelo governo;

Sobre a greve dos caminhoneiros, duas faixas da Rodovia Castello Branco em São Paulo foram interditadas perto de Barueri pela manhã. Porém, apesar de diversas entidades terem convocado a paralisação, a adesão não foi unânime;

No cenário corporativo os destaques são para as ações de Eneva (ENEV3, +13,51%) e Eletrobras (ELET6, +8,98%). As duas ações dispararam por motivos diferentes:

A Eneva foi a escolhida pela Petrobras como vencedora na disputa pelo campo de Urucu em Amazonas. Complexo com sete campos, a quantidade de metros cúbicos de gás disponível é mais do que o dobro da Eneva atualmente; 

Já a estatal Eletrobras disparou após ter aprovado o pagamento de dividendos de R$ 2,29 bilhões. Além disso, circula na mídia a notícia de que Ruy Schneider, do conselho de administração da Petrobras desde junho e também atual presidente do conselho de administração da Eletrobras, é favorito para assumir a presidência da companhia;

Por fim, hoje foi o dia da estreia de Espaçolaser na bolsa brasileira. A estreia foi muito bem-sucedida para a companhia, que disparou +17,21%.

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.