Nesta quarta-feira, o tema político e fiscal no Brasil continuam sob vigilância dos investidores, após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, determinar a fusão de dois pedidos de CPIs da Covid-19 e, desta forma, investigar ao mesmo tempo a gestão federal no combate à pandemia quanto o repasse de recursos federais na área da saúde aos entes federativos. Os problemas fiscais nacionais ainda mantêm os investidores cautelosos, com o governo articulando uma PEC que abra espaço para algumas despesas adicionais limitadas ao enfrentamento da pandemia e buscando deixar mais espaço para gastos obrigatórios no Orçamento.
No cenário externo, Wells Fargo, JP Morgan e Goldman Sachs iniciam a temporada de balanços em NY, antes da abertura. A agenda lá fora ainda inclui falas de Lagarde (BCE) e Powell (Fed), e a divulgação do Livro Bege.
NY/Pré-mercado: futuro do S&P 500 avança 0,09%, com cautela, após fechar na máxima histórica ontem (4.148 pontos). A tendência do índice americano segue de forte alta, sem sinais de correção no curto prazo. Enquanto isso, o Yield da T-note de 10 anos sobe a 1,63240%, de 1,61990%, portanto acomodado e isso tende a ajudar os ativos de risco.
Europa: o índice Europeu Stoxx 600 avança 0,26%, assim como as bolsas americanas, segue em forte tendência de alta tentando superar a máxima histórica aos 433 pontos, de fevereiro de 2020. As bolsas europeias tentam se manter no positivo, mesmo com as preocupações com a pausa na vacinação do imunizante da J&J nos EUA e o atraso de entregas das vacinas da farmacêutica à Europa.
Câmbio: o dólar operou com muita volatilidade na terça-feira, mas fechou com leve queda (-0,14%), ainda acima de R$ 5,70, com problemas fiscais e políticos no Brasil reduzindo o impacto da desvalorização da moeda norte-americana no exterior após dados de inflação nos EUA. No curto prazo, o dólar segue indefinido, porém com um viés positivo ao voltar acima dos 5,70.
IBOV: o Ibovespa fechou em alta na terça-feira, acima dos 119 mil pontos pela primeira vez em quase dois meses, favorecido pelo viés positivo em Wall Street, com Lojas Americanas e B2W se destacando nos ganhos. O IBOV retoma uma tendência de alta no curto prazo, após operar próximo do nível dos 117 mil pontos e tenta sair de uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantém a sua tendência de alta.
Indicadores e eventos: |
Brasil |
BC: fluxo cambial semanal (14h30) |
FGV/Conference Board: IACE e ICCE de março (12h) |
Plenário do STF julga liminar do ministro Luís Roberto Barroso sobre abertura de CPI da covid no Senado (14h) |
Paulo Guedes participa de conference Call com Eurasia Group (15h30) |
EUA |
Balanços de Wells Fargo, antes da abertura do mercado, e JPMorgan Chase e Goldman Sachs (8h) |
DoE: estoques de petróleo (11h30) |
Fed: divulgação do Livro Bege (15h) |
Europa |
Zona do euro/Eurostat: produção industrial em fevereiro (6h) |
França: OCDE divulga relatório sobre crescimento global |