Destaques (José Falcão Castro):
A Opep+ inicia hoje a reunião de dois dias que deve debater o aumento da produção de petróleo e pode esfriar a rápida recuperação dos preço da commodity;
Nos EUA, pesquisa do emprego privado antecipa o payroll e o Livro Bege confere como o Fed está avaliando a recuperação da economia;
Aqui, o PIB/4TRI (9h) tem estimativa de +2,8% no período e -4,20% em 2020, mas o dado faz parte do passado, com perspectivas piores neste semestre diante da escalada da pandemia de covid no Brasil. No Senado, a PEC Emergencial, que vai liberar a nova rodada do auxílio emergencial, será votada esta tarde;
Os mercados de juros e câmbio devem reagir no pregão de hoje às falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dadas ontem à noite nas quais pregou “calma” e “tranquilidade” na condução da política monetária, com metas de longo prazo. As falas do banqueiro central devem surtir efeitos de modo a esfriar a precificação extraída da curva de juros futuros que já precificava 81% de chances de uma alta de 0,75 ponto da Selic no Copom de março;
Do ponto de vista cambial, Campos Neto reforçou que poderá voltar a atuar no mercado, após o aumento das intervenções nos últimos dias, pois o país tem um volume de reservas grande;
NY: futuro de Dow Jones sobe 0,75%, S&P 500 (+0,67%) e Nasdaq (+0,76%). As bolsas europeias operam em alta nesta quarta-feira, com otimismo de que a aceleração da vacinação global levará a uma resposta econômica em breve; a bolsa de Frankfurt sobe 0,82%, Londres (+1,06%), Paris (+0,81%);
Os PMIs regionais também foram majoritariamente positivos; o PMI de serviços da zona do euro, por exemplo, subiu a 45,7 em fevereiro, ante 45,4 em janeiro; consenso era de 44,7. E o PMI Composto foi a 48,8 em fevereiro, de 47,8 em janeiro; consenso era de 48,1;
Com queda do yield dos Treasuries nos EUA, a bolsa de Tóquio subiu 0,51%, Hong Kong acelerou 2,70% e Xangai fechou em alta de 1,95%.
Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):
Em dia bastante volátil, o Ibovespa, que chegou a cair mais de 2% na sessão, se recuperou e fechou em alta de 1,09%. Os principais motivos para a virada estão na forte alta dos grandes bancos, que se recuperaram do susto após o aumento de taxação através da CSLL, e na notícia de que vai ser possível votar a PEC Emergencial com as contrapartidas propostas pelo governo.
Pela manhã, as ações da Petrobras também ajudavam no pessimismo do Ibovespa ao despencarem 6%. Na véspera, grupos e redes sociais de caminhoneiros intensificaram suas discussões sobre uma paralisação após o novo aumento de 5% nos preços do diesel e gasolina anunciados na segunda-feira. Contudo, os papeis amenizaram e fecharam no zero a zero.
Apesar do principal índice de ações brasileiro ter fechado no positivo, o dólar ter mais um pregão de alta. A moeda norte-americana chegou a atingir R$ 5,73 na máxima do dia. O leilão de US$ 1 bi à vista por parte do Banco Central fez a moeda recuar, mas não a impediu de fechar alta de +1,17%, cotada em R$ 5,67.
No cenário corporativo, as maiores altas ficaram com os bancos Itaú (ITUB4, +4,04%), Banco do Brasil (BBAS3, +3,84%) e Santander (SANB11, +3,14%). Entre as quedas, destaque para as ações da PetroRio (PRIO3, -2,90%). A petrolífera teve um dia negativo após reportar um lucro líquido no 4T20 13% inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da redução sequencial de custos de extração desde 2017, a rentabilidade da companhia foi fortemente afetada pela pandemia em relação a seus preços de venda no primeiro semestre de 2020.
Indicadores |
Brasil: |
Senado deve votar PEC Emergencial |
IBGE: PIB do 4TRI |
BC: fluxo cambial semanal (14h30) |
Cia. Hering, Taesa, Iochpe-Maxion e Lojas Quero-Quero divulgam balanço após o fechamento; Omega, antes da abertura |
EUA: |
ADP: criação de empregos no setor privado (10h15) |
IHS Markit: PMI composto de fevereiro (11h45) |
ISM: atividade do setor de serviços em fevereiro (12h) |
DoE: estoques de petróleo (12h30) |
Fed: publicação do Livro Bege (16h) |
Europa: |
Zona do euro/Eurostat: PPI de janeiro Jan (7h) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.