Destaques:
- O dia começa tenso com contagem dos votos para a eleição presidencial americana na reta final e o clima piorou depois que Trump foi ao Twitter para anunciar “uma grande vitória”, sinalizando que pretende contestar judicialmente o resultado, ao afirmar que “querem roubar” a eleição;
- O republicano realmente teve um desempenho bem acima do projetado pelas pesquisas, mas a eleição não está definida. Falta a apuração de muitos votos por correspondência, majoritariamente de eleitores de Biden;
- Os mercados globais estão com alta volatilidade, sem direção única com a indefinição da eleição americana; Dow Jones futuro recua 0,15%, enquanto S&P 500 sobe 0,40% e Nasdaq segue em forte alta de 2,30%, com o cenário mais complicado para Biden, pois o democrata promete taxar mais as grandes empresas de tecnologia;
- A decepção democrata também impulsiona petróleo, já que uma bandeira de Biden é substituição de combustíveis fósseis a longo prazo; o petróleo tipo Brent subia 2,34% (US$ 40,65);
- Na Europa, a maioria das bolsas interromperam as perdas com PMIs compostos (indústria + serviços) melhores que o esperado; Frankfurt (+0,27%), Londres (+0,37%) e Paris (+0,52%).
Cenário global e bolsa brasileira ontem:
- As bolsas fecharam em alta aqui e nos Estados Unidos, com investidores no clima de tanto faz com a vitória de qualquer candidato e na expectativa de que não haveria contestações judiciais e recontagem de votos;
- Recentemente, Wall Street começou a pensar que uma vitória do democrata Joe Binden poderia estimular o mercado acionário, pela expectativa de um pacote de estímulos mais poderoso, suavizando o foco em mais impostos e expandindo a cobertura de saúde à população;
- Também contribuiu para o bom humor, as encomendas à indústria americana que avançaram 1,1% em setembro ante agosto, superando a projeção (+1%);
- O Brasil seguiu o fluxo americano, assim como a Europa, mesmo com os alertas feitos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ontem em live ao Valor, de que, sem reformas, o Brasil caminharia para o precipício;
- Caiu bem o fato de o PMI industrial IHS Markit ter acelerado para 66,7 pontos em outubro (64,9 em setembro), nova máxima histórica;
- O Ibovespa fechou em forte alta de 2,16%, aos 95.979,71 pontos, com bom volume financeiro de R$ 31,6 bilhões.
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Análise Gráfica – IBOV:
- Apesar da reação muito positiva de ontem, o índice Bovespa se mantém em uma zona de viés negativo, abaixo dos 97.000 pontos;
- Será necessário mais movimentos positivos para o cenário de curto prazo ficar otimista, e não cair abaixo dos 93.300 pontos.
Indicadores |
Brasil: |
Fluxo cambial semanal |
Pesquisa Industrial Mensal (setembro) (IBGE) |
Vendas de veículos (Fenabrave) |
IPC-S Capitais Q4 (FGV) |
Balanço: Gol, Banco ABC Brasil (antes da abertura); Alpargatas, Banco Pan, Hering, Ecorodovias; Profarma, Ultrapar, São Carlos (após o fechamento) |
EUA: |
Balança comercial |
Estoques de petróleo (DOE) |
Pesquisa de emprego do setor privado (outubro) (ADP) |
PMI de Serviços e Composto (Markit) |
Europa: |
Zona do Euro: PMI de Serviços e Composto (Markit) / Inflação (IPP) / Vendas no Varejo |
Reino Unido: PMI de Serviços e Composto (Markit) |
Alemanha: PMI de Serviços e Composto (Markit) |
PMI global de serviços (outubro) |
Ásia: |
Japão: PMI de Serviços e Composto (Markit) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.