Cenário global e bolsa de valores
Os mercados internos retornam de feriado nesta terça-feira com as bolsas globais a caminho de novos recordes, depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping, terem conversado virtualmente por três horas. A conversa entre os líderes das duas maiores economias do mundo é considerada como um esforço para melhorar as relações e evitar um confronto direto. Mais tarde, o foco se volta para dados de vendas no varejo, preços de importados e produção industrial nos Estados Unidos, que darão outra indicação da saúde da maior economia do mundo. O medo da inflação e de uma alta antecipada do juro nos Estados Unidos seguiu no radar do investidor em NY, nesta 2ªF, tirou fôlego das bolsas e impulsionou o dólar e os rendimentos dos Treasuries, freando o EWZ e parte dos ADRs brasileiros.
As bolsas na Europa avançam majoritariamente nesta manhã, sob impulso de balanços, BCE dovish e sinais de alívio nas tensões entre China e EUA. A presidente Christine Lagarde, reiterou que considera “muito improvável” as condições para alta do juro serem atingidas em 2022. Balanços se sobrepuseram às preocupações com a inflação e a aceleração de casos de covid na Europa. O PIB da Zona do euro subiu 2,2% no 3ºTRI 2021; na comparação anual +3,7%, em linha com as projeções.
Futuros: Dow Jones (-0,04%), S&P 500 (-0,12%), Nasdaq (-0,15%); Índice de dólar DXY: + 0,15% (95.550 pontos); Petróleo: Brent a US$ 82,59 (+0,66%); WTI a US$ 81,27 (+0,48%); Ouro: + 0,44%, a US$ 1.874,90 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-Note de 10 anos a 1,59570 (de 1,62050).
Cenário no Brasil
Hoje é importante o IBC-Br no Brasil (9h), enquanto o mercado continua à espera de uma solução para o Auxílio Brasil. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de evento em Lisboa e à tarde fala em vídeo gravado no evento que comemora um ano do Pix. Já a diretora de Assuntos Internacionais, Fernanda Guardado, faz palestra sobre Brasil e conjuntura internacional na Aberj às 10h. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro está em visita ao Bahrein, depois de deixar Dubai.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em baixa na sexta-feira, reflexo de realização de lucros após três altas seguidas e tendo um fim de semana prolongado no horizonte, com Natura&Co e Magazine Luiza caindo após resultados e perspectivas frustrarem investidores. IBOV: -1,17%, a 106.334,54 pontos; Volume financeiro: R$ 31,7 bi.
O IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e romper o fundo formado no dia 20 de setembro aos 107.500 pontos. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.
Indicadores econômicos e eventos |
Brasil/FGV: IPC-S semanal (8h) |
FGV: IGP-10 de novembro (8h) |
Boletim Focus (8h25) |
BC: IBC-Br de setembro (9h) |
EUA: Vendas no varejo (10h30) |
EUA: produção industrial (11h15) |
EUA: estoques de petróleo (18h30) |