A situação interna não está fácil, todos os complicadores possíveis estão alinhados em uma “tempestade perfeita”, mas o que se vê até aqui é a possibilidade de um retomada muito rápida a medida que as vacinas serão disponibilizadas, o mercado se antecipa na busca por ativos de risco descontados e leva o Ibovespa acima dos 118 mil pontos.
A pré-disposição à ativos de risco permanece nos mercados externos nesta quarta-feira diante das projeções de crescimento global. Segundo o Fundo Monetário Internacional, o PIB mundial terá o crescimento mais forte desde a década de 1970 neste ano e leva os índices acionários globais perto de máximas históricas, com os mercados cambial e de juros estáveis. Enquanto no Brasil os investidores seguem monitorando o noticiário sobre o Orçamento de 2021 um dia após o país superar marca de 4 mil mortes por Covid em 24h.
Europa: as bolsas europeias operam mistas, com viés de alta, com as perspectivas de melhoria da economia global, refletindo a acomodação do mercado em Wall Street ontem. Também houve bons dados dos PMIs na zona do euro: PMI de serviços sobe para 49,6 pontos, de 45,7 em fevereiro; PMI composto sobe para 53,2 pontos em março, ante 48,8 em fevereiro. A bolsa de Frankfurt opera próximo da estabilidade, com leve alta de 0,01%, Londres +0,72% e Paris +0,12%.
EUA: futuro do Dow Jones sobe 0,05%, do S&P 500 +0,06% e do Nasdaq +0,10%.
Ásia: as bolsas asiáticas fecharam sem direção única: bolsa do Japão (Nikkei) subiu 0,12%; Coreia do Sul (Kospi) +0,33%; na China Continental, Xangai Composto caiu 0,19%; em Hong Kong, o índice Hang Sang recuou 0,91%.
Commodities: petróleo tipo Brent sobe 0,81%, cotado a a US$ 63,25 o barril; ouro recua 0,34%, cotado a US$ 1.737,09 a onça-troy.
Câmbio: com o enfraquecimento da moeda norte americana em escala global, pressionada pela expectativa de recuperação da economia que leva fluxo de recursos para ativos de risco e mercados emergentes, o dólar fechou em queda de mais de 1% na terça-feira, numa mínima em duas semanas. Dólar/Real: -1,38%, a R$ 5,60.
IBOV: o Ibovespa fechou próximo da estabilidade na terça-feira, assim como as bolsas em NY com perspectivas positivas sobre a recuperação da economia global. Porém a vacinação no Brasil e receios fiscais não sustentaram o índice após superar 118 mil pontos. O IBOV caiu 0,02%, a 117.498,87 pontos, com volume financeiro de R$ 24,87 bi. O índice Bovespa retoma uma tendência de alta no curto prazo, após operar próximo do nível dos 117 mil pontos e tenta sair de uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantém a sua tendência de alta.
Indicadores e eventos: |
Brasil |
FGV: IGP-DI de março (8h) |
BC: fluxo cambial em março (14h30) |
Governo realiza a 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias (10h) |
STF: julgamento no plenário da ação sobre a liberação de missas e cultos na pandemia |
Bolsonaro participa de jantar com empresários em SP |
Anfavea: produção de veículos em março (10h) |
Paulo Guedes e Roberto Campos Neto participam da Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 (7h às 11h) |
USA |
Deptº do Comércio: Balança Comercial de fevereiro (9h30) |
G20 realiza coletiva de imprensa durante a Reunião de Primavera (11h) |
DoE: Estoques de petróleo e derivados (11h30) |
IHS Markit: PMI global de serviços de março (12h) |
Fed divulga ata da reunião de política monetária de 17/3 (15h) |
Europa |
IHS Markit: PMI composto e PMI serviços de março na Alemanha (4h55), Zona do euro (5h) e Reino Unido (5h30) |