Hoje, o mercado deve seguir atento à movimentação política relacionada à pandemia depois da escolha do médico cardiologista Marcelo Queiroga para assumir o Ministério da Saúde, ao mesmo tempo em que aguarda decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. No Brasil, a expectativa é de que o Banco Central aumente a taxa de juros na quarta-feira pela primeira vez em quase seis anos, para enfrentar a alta da inflação, o aprofundamento da incerteza fiscal e uma taxa de câmbio fraca. Além disso, a Secretaria de Política Econômica deve divulgar atualização das suas projeções para o Produto Interno Bruto e a inflação. As estimativas mais recentes da secretaria, divulgadas em novembro, apontam para um crescimento de 3,2% este ano, com IPCA de 3,23%, porém estes dados devem mudar com o agravamento da pandemia e pressão inflacionária persistente.
No exterior, investidores apostam que o Federal Reserve vai manter a política monetária expansionista na quarta-feira para ajudar a direcionar a recuperação econômica global pós-pandemia. São fracas as apostas para vendas no varejo e produção industrial nos EUA, mas, se surpreenderem, podem causar mais volatilidade nos rendimentos dos Treasuries, na pressão para o Fed reagir ao risco de inflação.
NY: futuro de Dow Jones cai 0,15%, S&P 500 (-0,01%) e Nasdaq (+0,41%); Yield do T-note de 10 anos cai a 1,6005% (de 1,6082% no fechamento de ontem); Petróleo tipo Brent cai 1,66%, cotado a US$ 67,74 o barril; Ouro sobe 0,09%, a US$ 1.730,80 a onça-troy; Minério de ferro sobe 1,83% em Qingdao, para US$ 166,32.
As bolsas europeias abriram em alta, acompanhando o rali do fim do dia ontem em Nova York (índices fecharam nas máximas). Ajudaram as expectativas da montadora Volkswagen, que disse estar confiante de que os cortes de gastos vão melhorar as margens de lucros no próximo ano, além do índice Zew alemão de expectativas econômicas, que subiu a 76,6 em março, ante previsão de +74. Há pouco, a bolsa de Frankfurt subia 0,64%, Londres (+0,48%) e Paris (+0,19%). Ásia: bolsa de Tóquio (Nikkei) fecha em alta de 0,52%; Xangai (+0,78%); Hong Kong (+0,67%); Seul (Kospi) sobe 0,70%.
O índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo, porém ao operar no nível dos 115 mil pontos, interrompe temporariamente o movimento mais forte de baixa e começa a consolidar uma congestão, o que é positivo neste momento. No período mais longo, ainda se preserva acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.
Indicadores |
Brasil: |
Primeiro |
FGV: |
FGV: |
Caged: |
Balanços de Gafisa e Notre Dame, após o fechamento do mercado |
EUA: |
Deptº |
Fed: |
API: |
Europa: |
Alemanha/ZEW: |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.