Cenário global: hoje, o PIB na zona do euro foi divulgado e o mercado segue atento, pois é um termômetro para medir a recuperação dos países do bloco. O PIB preliminar referente ao terceiro trimestre caiu 0,6% na comparação com o trimestre anterior e recuou 1,8% na comparação anual, o que se configura recessão técnica, porém os dados vieram em linha com as estimativas, é passado e o mercado agora olha para frente com expectativa de reabertura das atividades econômicas. As bolsas na Europa tentam recuperar as quedas de ontem e operam em alta, com otimismo porque diversos países estão relaxando as restrições para combater o coronavírus. No Reino Unido, saiu um dado que amenizou as preocupações com a retomada da economia: o desemprego britânico ficou em 4,8% no primeiro trimestre, pouco abaixo do consenso.
Enquanto nos EUA, os investidores ainda não se convenceram e continuam cautelosos com as pressões inflacionárias e possível antecipação da alta dos juros, conforme a recente repique dos Treasuries, e esperam por pistas desse movimento na Ata do Fed nesta quarta-feira, que poderá trazer volatilidade para os mercados de câmbio, juros e consequentemente bolsa de valores.
Europa: índice Stoxx 600 sobe 0,38%, aos 443,96 pontos; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,26%, do S&P 500 +0,33% e do Nasdaq +0,38%; Petróleo: Brent para julho sobe 0,88%, cotado a US$ 70,07 o barril; Ouro para junho estável (+0,09%), cotado a US$ 1.869,10 a onça-troy; Ásia: na China, índice Xangai Composto fecha em alta de 0,32%; Tóquio, Nikkei subiu 2,09%; Hong Kong ganhou 1,42%; Seul, o Kospi valorizou 1,23%.
Brasil: já o Ibovespa, ignora o cenário político conturbado e avança mais do que as bolsas de Wall Street, buscando os 123 mil pontos e surfando na forte tendência de alta das commodities. Em Brasília, a CPI da Covid começa às 9h, com o depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo, enquanto líderes do governo trabalham para votar a MP de Eletrobras hoje ou amanhã.
Ibovespa: puxado pelas expectativas de recuperação econômica, principalmente nas duas maiores economias do mundo, China e EUA, além do boom das commodities com nova alta do minério de ferro (+4,30%) e do petróleo, fez com que o Ibovespa se descolasse de Wall Street. O índice da bolsa brasileira bateu os 123 mil pontos (123.074,21 pontos na máxima), alcançando níveis de janeiro. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém consolidar-se acima da resistência dos 122 mil pontos é fundamental para dar continuidade rumo ao topo histórico do dia 8 de janeiro de 2021, aos 125.323 pontos.
Indicadores |
Brasil |
Fipe: IPC da segunda quadrissemana de maio (5h) |
FGV: IPC-S Capitais da segunda quadrissemana de maio (8h) |
CPI da Covid: ex-chanceler Ernesto Araújo presta depoimento (9h) |
EUA |
Deptº do Comércio: construções de moradias iniciadas de abril (9h30) |
API: Estoques de petróleo e derivados da semana até 14/05 (17h50) |
Europa |
Zona do euro/Eurostat: PIB do 1TRI (segunda leitura) e balança comercial de março (6h) |