Cenário global e bolsa de valores
As bolsas asiáticas iniciaram a semana como uma performance mista após os dados econômicos da China decepcionarem. O PIB no 3º trimestre cresceu 0,2% frente a expectativa de 0,5% de mercado; na comparação anual, o 3º trimestre teve alta de 4,9% frente à 5,2% de expectativa de mercado. Os números da Produção Industrial de setembro subiram 3,1% frente a expectativa de 4,5% e as Vendas no Varejo em setembro em sua comparação anualizada, cresceram 4,4% frente a expectativa de 3,3% pelo mercado.
No domingo, Ti Gang, presidente do Banco do Povo da China afirmou em uma seminário anual do G30 que o banco tem capacidade de prevenir um risco sistêmico causado pela China Evergrande Group, uma vez que apenas 1/3 de seus passivos estejam em instituições financeiras porém o dirigente enfatizou que mesmo assim, a situação causa preocupação e ampla discussão.
A bolsa do Japão encerrou o pregão com +1,66%, Shangai com -0,12%, Hang Seng com +0,31% e Coréia do Sul com -0,28%.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu. Christine Lagarde, disse que as preocupações com um possível cenário de estagflação na zona do euro são exageradas e que a alta inflacionária atual é transitória, durante um eventos do FMI no sábado.
Mesmo assim, o mercado teve um início de semana negativo com a bolsa da Alemanha com -0,61%, Reino Unido com -0,30%, França com -0,90%, Espanha com -0,66% e o índice Euro Stoxx com -0,81%.
A temporada de balanços continua nos EUA e nessa semana grandes nomes da tecnologia devem divulgar seus balanço como Tesla, Apple, Google, Amazon e Facebook e que podem trazer volatilidade aos mercados.
Cenário no Brasil
Sem grandes novidades, os riscos precificados na bolsa, juros e dólar ainda são políticos, orçamentários e inflacionários. A equipe de economia do ministro Paulo Guedes ainda busca a criação de um programa novo de benefícios com a marca do governo atual porém há atuação para que haja um reajuste no Bolsa Família caso o primeiro projeto não seja aprovado.
Já a PEC dos precatórios deve ser votada na terça feira, 19/10 na câmara dos deputados e que caso seja aprovada, deve abrir espaço no orçamento dentro do teto de gastos para que o novo programa de auxílio do governo, o Auxílio Brasil seja criado.
Ibovespa
O índice mostrou na semana passada sinais de reversão de tendência ao conseguir ser negociado acima da média diária de 21 períodos e encerrar a semana aos 114.647,99 pontos. A região de próxima resistência pode ser em 116 mil pontos e depois perto da média diária de 200 períodos em 119 mil pontos. Ainda é cedo para determinar se esse movimento de possível reversão no gráfico diário se pode reverter a tendência em períodos mais longos como no semanal.
Juros
A semana passada foi marcada por mais uma semana de altas nos juros futuros com temores de inflação nacional e global causada por fatores como a crise hídrica, reajuste no preço da gasolina e gargalos mundiais nas cadeias de produção. Essas incertezas puxam as taxas exigidas para cima e fazem a curva de juros se deslocar para cima, sinalizando a aversão ao risco pelos investidores.
Dólar
A moeda norte americana teve uma semana de desvalorização ao encerrar a sexta feira perto de R$ 5,47 em um movimento aparente de correção para próximo da média diárias de 21 períodos e região onde a média diária de 200 períodos também serve como um suporte próximo aos R$ 5,42.
Indicadores e eventos |
Brasil |
Relatório Focus |
IPC-S |
Balança Comercial |
EUA |
Produção Industrial |
Confiança das Construtoras |
Dirigente do Fed de Kansas City, Esther George, e presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, participam de fórum sobre minorias no setor bancário, organizado pelo Fed de Kansas City |
Secretária do Tesouro, Janet Yellen, apresenta conselho de supervisão de estabilidade financeira, com participação do presidente do Fed, Jerome Powell (12h) |