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Finanças

Morning Call: riscos geopolíticos seguem direcionando os mercados pelo mundo

Cenário global e bolsa de valores 

Nesta quinta-feira, pós feriado de carnaval, o dia começa com um discurso de Christine Lagarde (BCE) no Parlamento Europeu, enquanto Powell apresenta (12h) no Senado americano o relatório de política monetária. Porém, ontem, o presidente do Fed já antecipou o que o investidor queria saber, descartando uma alta inicial mais agressiva dos juros (de 0,5 pp para 0,25 pp). Mas o que o mercado está de olho mesmo será a reunião entre representantes da Ucrânia e de Moscou e os investidores tendem a reagir bem a cada diálogo que possa reestabelecer a paz. 

As bolsas asiáticas fecharam o pregão da 5ªF majoritariamente em alta, seguindo o desempenho de Wall Street na sessão de ontem. A China, no entanto, não teve resultado positivo em razão de dados fracos de atividade no setor de serviços. No Japão, o Nikkei subiu +0,70% e o Hang Seng avançou, em Hong Kong, +0,55%. Em Seul, o Kospi subiu 1,61%. O índice Xangai teve leve queda de -0,09%.

As bolsas europeias abriram o pregão de hoje em alta, mas reverteram a tendência positiva e estão operando em baixa. Há forte expectativa para as negociações entre Rússia e Ucrânia no encontro que deve ocorrer hoje em Belarus. Além disso, os investidores acompanharão os dados de atividade da indústria e serviços divulgados hoje pelo IHS-Markit, porém devem ser secundários no termômetro dos mercados de hoje, que segue ligado na guerra. Londres opera em baixa de -0,23%; Frankfurt -0,58%; Paris -0,12%; Madrid -0,78%; Stoxx600 -0,43%.​ ​A Bolsa de Moscou segue fechada pelo 4º dia seguido. No câmbio, o rublo segue pressionado pelo dólar, mas agora está a 117,40 (alta de 14,26%), após forte queda dos últimos dias.

O índice de preços ao produtor (PPI) na zona do euro alcançou 30,6% em janeiro ante igual mês do ano passado. O resultado foi muito maior do que a expectativa dos analistas, que previam aumento anual da inflação ao produtor de 26,9%. Já a taxa de desemprego caiu a 6,8% em janeiro, apesar dos analistas estimarem que a taxa se manteria em 7%.​ ​A inflação anual nos países da OCDE acelera a 7,2% em janeiro. É a maior taxa desde fevereiro de 1991, segundo informou hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em Paris.

Cenário no Brasil

Aqui, com uma agenda mais fraca de indicadores, teremos o fechamento do IPC-S e da balança comercial de fevereiro, mas o leilão de títulos públicos do Tesouro também é importante, em meio ao choque de commodities com a guerra na Ucrânia, que pressiona os juros futuros e faz a festa da B3 com entrada forte de capital externo. No acumulado de fevereiro, saldo é positivo em R$ 30,13 bi; no ano, o saldo é positivo em R$ 62,62 bilhões.

Indicadores econômicos e eventos​
Brasil: Balanço de AES Brasil, após o fechamento do mercado
Reunião entre a Rússia e a Ucrânia
Bélgica: Presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa em Comitê do Parlamento Europeu (5h)
Zona do euro/IHS Markit: PMI composto final e PMI de serviços de fevereiro (6h)
Zona do euro/Eurostat: taxa de desemprego em janeiro (7h)
Zona do euro/Eurostat: PPI de janeiro (7h)
França/OCDE: CPI de janeiro (8h)
FGV: IPC-S de fevereiro (8h)
Brasil/IHS Markit: PMI industrial de fevereiro (10h)
EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego até 26/02 (10h30)
EUA/IHS Markit: PMI composto final e PMI de serviços de fevereiro (11h45)
EUA/Deptº do Comércio: encomendas à indústria em janeiro (12h)
Presidente do Fed, Jerome Powell, apresenta relatório de política monetária no Senado (12h)
EUA: Secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, participa de evento virtual do Tesouro (12h)
EUA/IHS Markit/JPMorgan: PMI global de serviços em fevereiro (13h)
BC: Fluxo cambial semanal (14h30)

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