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Finanças

Morning Call: Rússia reduz produção de petróleo e bolsas estendem quedas

Além do cenário mais desafiador por juros mais altos pelo mundo, o corte na produção de Petróleo volta a preocupar investidores com a possível pressão inflacionária de custos mais altos.

A quinta-feira (9) foi marcada pela queda dos índices globais com investidores ainda se ajustando à projeções de juros mais altos nos EUA mas que ainda não têm causado a redução significativa nos pedidos por seguro desemprego que aumentaram mais do que o esperado na semana passada, mas permaneceram em níveis compatíveis com um mercado de trabalho apertado, impactando negativamente os ativos de risco como bolsas. No fim do pregão, o índice Nasdaq caiu 1,02%, o S&P 500 recuou 0,88% e o Dow Jones fechou em baixa de 0,73%.

Mercados hoje

  • Ásia: os mercados asiáticos fecharam esta sexta-feira (10) seguindo as quedas globais de ontem e também reagindo aos dados de inflação da China. O Índice de Preços ao Consumidor teve um aumento de 0,8% em janeiro após a estabilidade registrada em dezembro, acelerando a alta em 12 meses de 1,8% para 2,1%. Já o Índice de Preços ao Produtor recuou 0,8% em janeiro após a queda de 0,7% em dezembro, voltando a sinalizar uma desaceleração econômica chinesa. O índice de Shanghai encerrou em queda de 0,30%, o Taiex recuou 0,08%, o Kospi teve baixa de 0,48% enquanto o índice Hang Seng registrou a maior queda repercutindo também a notícia que os EUA confirmaram que o balão chinês derrubado era espião, aumentando a tensão entre os países e derrubando o índice que registrou queda de 2,01%. E na contramão da maioria dos índices, o Nikkei conseguiu subir 0,31% com boatos da nomeação do economista Kazuo Ueda para o comando do banco central japonês.
  • Europa: os mercados europeus reagem mal à decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de reduzir a produção de barris de petróleo como forma de retaliação às sanções ocidentais. Entre as maiores quedas estão o IBEX com recuo de 1,81%, o DAX com queda de 1,60%, o CAC com perdas de 1,34% , o FTSE com desvalorização de 0,69% enquanto o índice Euro Stoxx registrava perdas de 1,61%.
  • EUA: os investidores acompanham hoje o discurso do governador do Fed Christopher Waller e do presidente do Fed da Filadélfia Patrick Harker. No começo desta sexta (10) os pré-mercados continuam a registrar baixas com as quedas de 1,15% do índice Nasdaq, 0,68% do S&P 500 e 0,45% do Dow Jones.
  • Commodity: mesmo com investidores preocupados com a desaceleração na China e EUA, as commodities energéticas sobem forte hoje como o Óleo para aquecimento com alta de 2,23%, o barril do Petróleo Brent com alta de 2% e o barril do Petróleo WTI com alta de 1,93% com a repercussão do corte de produção de 500 mil barris de Petróleo pela Rússia trazendo de volta o risco da inflação de custo em vários países.

Clima de aversão ao risco externo e interno dificulta desempenho do Ibovespa

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou ontem (9) com queda de 1,77% aos 108.008 pontos enquanto o dólar subiu 1,59% aos R$ 5,278 com a piora do cenário externo e as críticas de integrantes do atual governo à atuação do Banco Central pela semana.

Entre os destaques corporativos, o resultado do Bradesco do 4T22 apresentou uma queda de 72,4% no lucro líquido contábil na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme divulgado na quinta-feira (9). O resultado veio abaixo do esperado para o último trimestre – a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv era de R$ de 4,4 bilhões e assim como o Itaú, o Bradesco informou que provisionou 100% dos montantes que seriam devidos por “recentes eventos (…) ocorridos no início de 2023”.

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