Brasil: o mercado deve iniciar o dia com cautela esperando pelo comunicado de política monetária do Federal Reserve nesta quarta-feira (15h), com entrevista de Powell (15h30), que deve manter o discurso expansionista que garante o juro baixo até que a inflação nos EUA alcance níveis em torno de 2% ao ano. Ao mesmo tempo, aqui no Brasil o investidor digere os desdobramentos sobre a CPI da Covid e mudanças no Ministério da Economia que geram mais desgates com Paulo Guedes, exposto pela demissão de dois dos seus principais assessores. Além disso, os balanços corporativos trazem Santander e Weg antes da abertura.
O Santander Brasil superou as estimativas do mercado para o lucro trimestral, com menores provisões para perdas com empréstimos ante igual período do ano anterior. O lucro líquido recorrente do primeiro trimestre, que exclui itens extraordinários, foi de 4,01 bilhões de reais, 9,2% acima da estimativa dos analistas compilada pela Refinitiv e 4,1% superior ao registrado um ano antes. O índice de inadimplência em 90 dias do banco permaneceu estável em 2,1%. Sua carteira de crédito expandida cresceu 7,4% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander Brasil foi de 20,9%, estável em relação ao trimestre anterior.
Na Espanha, o lucro líquido do Banco Santander saltou para 1,61 bilhão de euros, contra 331 milhões de euros no ano anterior, com provisões mais baixas e lucro recorde nos EUA.
Cenário global: as atenções estarão voltadas para a possibilidade de o Fed comentar algo sobre redução das compras de ativos. O Fed não tem mostrado nenhum sinal de que já houve avanço suficiente para diminuir o suporte à economia que adotou no início da pandemia. O discurso de Biden no Congresso, no final da noite, gera expectativa sobre os impactos com o aumento de impostos nos EUA. As ações de empresas europeias devolviam ganhos iniciais nesta quarta-feira, uma vez que a cautela aumentava antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, mas os fortes resultados do Deutsche Bank e do Lloyds Banking Group elevavam o otimismo em relação aos balanços.NY/Pré-mercado: Dow Jones cai 0,12%, S&P 500 +0,08% e Nasdaq -0,13%; Europa: bolsa de Frankfurt sobe 0,37%, Londres +0,29%, Paris +0,52% e Madri +0,16%; Petróleo tipo Brent sobe 0,14%, cotado a US$ 65,96 o barril; Ouro cai 0,67%, cotado a US$ 1.766,85 a onça-troy.
Ibovespa: o principal índice da Bovespa caiu na terça-feira, com investidores realizando ganhos recentes enquanto aguardam novos sinais de política monetária do Federal Reserve e monitoram o noticiário sobre a pandemia e a instalação da CPI da Covid. Travado neste nível, o IBOV tem como residência importante os 122 mil pontos. O índice segue consolidando uma tendência de alta no curto prazo, após operar acima do nível dos 120 mil e deixa para trás uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. O recuo de ontem abaixo de 120k, ainda não significa muita coisa, mas devemos ficar atentos a uma possível correção mais acentuada. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), o Ibovespa mantém a sua tendência de alta.
Indicadores |
Brasil |
BC: Fluxo cambial semanal (14h30) |
Tesouro: Relatório Mensal da Dívida Pública de março |
FGV: Sondagem do consumidor e do comércio em abril (8h) |
BC divulga dados do mercado aberto em março (9h30) |
Caged: Geração de emprego formal em março (10h30) |
Balanços de Santander e Weg, antes da abertura, e CSN, CSN Mineração, Multiplan e Odontoprev, após o fechamento do mercado |
EUA |
BCE: Christine Lagarde participa de evento do Fórum de Segurança de Aspen (11h) |
DoE: Estoques de petróleo e derivados (11h30) |
Balanço de bens e estoques no atacado em março (9h30) |
Joe Biden participa de sessão conjunta no Congresso |
Fed divulga decisão de política monetária (15h) e Jerome Powell participa de coletiva de imprensa (15h30) |
Balanços de Boeing, Ford, Apple e Facebook, após o fechamento do mercado |