Cenário global e bolsa de valores
Hoje, no cenário externo, a incerteza prevalece devido ao potencial impacto das sanções contra a Rússia e o consequente aumento nos preços das commodities, aumentando ainda mais as pressões inflacionárias. Biden está em Bruxelas para encontro do G-7 e da Otan hoje, em que serão discutidas novas estratégias para isolar Moscou economicamente e reduzir a dependência da Europa às fontes de energia russas. Também deve ser reforçado o alerta sobre de que lado a China está. Na véspera das reuniões de cúpula, os EUA subiram o tom e acusaram oficialmente a Rússia de ter cometido crimes de guerra na Ucrânia.
Na resposta à escalada das tensões, o petróleo saltou 5%, superou US$ 120 e coloca o Copom em situação complicada para defender o “cenário alternativo”, de inflação ancorada na meta em 2023, se o petróleo não passar de US$ 100. Por isso, o mercado quer saber como o BC vai se sair hoje no Relatório Trimestral de Inflação.
Bolsas da Ásia fecham majoritariamente em baixa após perdas em NY e expectativa de reuniões hoje na Europa. As Bolsas da Europa operam mistas à espera de reuniões da Otan, G7, Fed e dados econômicos. Pré- mercado em NY: Futuros: Dow Jones (+0,43%), S&P 500 (+0,59%), Nasdaq (+0,73%); Treasuries: T-note de 10 anos a 2,36740 (de 2,29360); Petróleo: Brent a US$ 121,59 (-0,01%); WTI a US$ 114,52 (-0,36%); Ouro: +0,13%; US$ 1.939,90 a onça-troy.
Cenário no Brasil e Ibovespa
O Banco Central volta ao foco das atenções nesta quinta-feira com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, enquanto a guerra na Ucrânia completa um mês com os países do Ocidente planejando mais sanções à Rússia. Os investidores ficarão de olho nas projeções do BC para a economia e na avaliação do cenário atual às 8h, depois de a autoridade monetária ter avaliado nesta semana que o choque de oferta provocado pela guerra na Ucrânia pode pressionar ainda mais a inflação. Ainda pela manhã, o ministro da Economia, Paulo Guedes, dá palestra no “Summit ABRAINC 2022”, a partir das 10h.
A bolsa brasileira teve a sexta sessão seguida de alta na quarta-feira, na contramão de Wall Street, ainda que tenha fechado longe das máximas do dia, mas ainda apoiada pela forte entrada de capital estrangeiro no país. O investidor estrangeiro ingressa com R$ 2,59 bi na B3 no dia 22/03. No acumulado de março, saldo é positivo em R$ 20,97 bi; no ano, o saldo é positivo em R$ 83,59 bilhões. O Ibovespa fechou em leve alta de 0,16%, a 117.457,34 pontos, com volume financeiro fraco, de R$ 26,5 bilhões.
Indicadores econômicos e eventos |
Brasil: Balanços de Cogna, Tecnisa e Triunfo, após o fechamento do mercado |
Bélgica: Reunião do Conselho Europeu com presença do presidente dos EUA, Joe Biden |
Bélgica: Reunião da Otan e encontro de líderes no âmbito do G7 |
Zona do euro/IHS Markit: PMI composto preliminar de março (6h) |
Reino Unido/IHS Markit/CIPS: PMI composto preliminar de março (6h30) |
FGV: IPC-S Capitais da 3ª quadrissemana de março (8h) |
BC divulga RTI (8h) |
EUA/Deptº do Comércio: encomendas de bens duráveis em fevereiro (9h30) |
EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego da semana até 19/03 (9h30) |
Paulo Guedes participa de evento da Abrainc em São Paulo (10h) |
África do Sul: Decisão de política monetária do BC (10h) |
EUA/IHS Markit: PMI composto preliminar de março (10h45) |
CMN promove reunião mensal (15h) |
México: Decisão de política monetária do Banxico (16h) |