SÃO PAULO (Reuters) – A Natura&Co (NTCO3) divulgou na noite de segunda-feira prejuízo líquido de 2,7 bilhões de reais no quarto trimestre de 2023 ante resultado negativo de 890 milhões sofrido um ano antes, em resultado em parte afetado pela reestruturação do grupo de cosméticos, afirmou a companhia no balanço.
A empresa afirmou que a última linha do resultado foi impactada por 1 bilhão de reais relacionado às operações vendidas da rede de lojas The Body Shop e por conta negativa de 664 milhões de reais associada ao “impairment da Avon”.
Mas diante de um lucro líquido em todo o ano passado de 3 bilhões de reais e o que a empresa chamou de “melhora consistente da rentabilidade e a confortável posição de caixa”, o conselho de administração aprovou distribuição de quase 1 bilhão de reais em dividendos aos acionistas.
A companhia teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 670,6 milhões de reais no quarto trimestre, expansão de 31% na comparação anual, com margem subindo a 10,1%, melhora de 370 pontos básicos.
Analistas, em média, esperavam que a Natura&Co apresentasse Ebitda de 722,9 milhões de reais no quarto trimestre, segundo dados da LSeg.
A receita líquida consolidada da empresa somou 6,61 bilhões de reais, queda de 17,4%, mas alta de 4,5% sem moeda constante. O desempenho ficou abaixo dos 8 bilhões esperados pelo mercado em média, segundo a LSeg.
A Natura&Co afirmou no balanço que “ainda esperamos volatilidade na receita” em 2024, mas “com melhora de rentabilidade no ano, particularmente sem considerar a Argentina”.
A companhia comentou ainda que a prioridade para 2024 ainda seguirá sendo “a alocação de capital para criação de valor futuro, com foco em investimentos nos principais mercados e projetos”.
A empresa terminou dezembro com caixa de 7,77 bilhões de reais e uma dívida bruta de 6,1 bilhões. A alavancagem ficou negativa em 0,79 vez ante 3,49 vezes no final de 2022.
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