A empresa afirmou que a última linha do resultado foi impactada por 1 bilhão de reais relacionado às operações vendidas da rede de lojas The Body Shop e por conta negativa de 664 milhões de reais associada ao “impairment da Avon”.
Mas diante de um lucro líquido em todo o ano passado de 3 bilhões de reais e o que a empresa chamou de “melhora consistente da rentabilidade e a confortável posição de caixa”, o conselho de administração aprovou distribuição de quase 1 bilhão de reais em dividendos aos acionistas.
A companhia teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 670,6 milhões de reais no quarto trimestre, expansão de 31% na comparação anual, com margem subindo a 10,1%, melhora de 370 pontos básicos.
Analistas, em média, esperavam que a Natura&Co apresentasse Ebitda de 722,9 milhões de reais no quarto trimestre, segundo dados da LSeg.
A receita líquida consolidada da empresa somou 6,61 bilhões de reais, queda de 17,4%, mas alta de 4,5% sem moeda constante. O desempenho ficou abaixo dos 8 bilhões esperados pelo mercado em média, segundo a LSeg.
A Natura&Co afirmou no balanço que “ainda esperamos volatilidade na receita” em 2024, mas “com melhora de rentabilidade no ano, particularmente sem considerar a Argentina”.
A companhia comentou ainda que a prioridade para 2024 ainda seguirá sendo “a alocação de capital para criação de valor futuro, com foco em investimentos nos principais mercados e projetos”.
A empresa terminou dezembro com caixa de 7,77 bilhões de reais e uma dívida bruta de 6,1 bilhões. A alavancagem ficou negativa em 0,79 vez ante 3,49 vezes no final de 2022.