Com as novas regras do Pix estabelecidas pelo Banco Central (BC), em especial o fim do limite por transação para um limite diário para as contas de pessoas físicas, o ponto de atenção principal se tornou a questão da segurança, segundo o educador financeiro Thiago Martello.
“A gente sabe que existem muitas quadrilhas, infelizmente especializadas em sequestros… então, quanto maior o limite, maior a exposição”, diz.
Para resolver essa situação, o educador financeiro recomenda que as pessoas tenham um limite de acordo com as suas realidades. “Não tem necessidade ter um limite de R$ 50 mil se você está acostumado a fazer [transações] de R$ 5, R$ 20 ou R$ 30. Quando você precisar fazer [uma transação] de um limite maior, aí você vai lá e aumenta o limite, faz a transação e reduz o limite de novo”, pontua.
Por outro lado, tirando essa circunstância, o educador financeiro menciona que as alterações da ferramenta foram muito positivas, pois ele acredita que o mundo carece de agilidade. “A gente precisa de agilidade no dia a dia, nas transações”, comenta.
Contas PJ
Falando ainda de limites de transferências, outro ajuste importante do Pix foi que as contas de pessoas jurídicas foram contempladas com a possibilidade de retirada deles.
Para Martello, assim como no caso das contas de pessoas físicas, é preciso ficar atento à segurança. “Deixar isso sempre sem limite é um risco astronômico, não só por pessoas mal intencionadas dentro da empresa quanto fora dela”, menciona.
Ele indica colocar um limite que faça sentido para as movimentações de cada empresa.
Por outro lado, ele acrescenta que isso foi muito benéfico porque as organizações trabalham com valores muito altos, então agora podem ter mais facilidade nas transações.
Além disso, o Pix se tornou um super aliado dos empreendedores, visto que eles podem fugir dos impostos que incidem sobre outras formas de pagamento. Essa forma de pagamento está super em alta entre as pessoas jurídicas. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a ferramenta digital é a principal forma de recebimento para 42% dos empreendedores.
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