A Novonor confirmou à Braskem (BRKM5) que recebeu oferta não vinculante da gestora de ativos Apollo e do grupo petrolífero dos Emirados Árabes Adnoc avaliando as ações da petroquímica brasileira em R$ 47 por ação e que está avaliando a proposta.
A oferta também foi encaminhada aos bancos credores da Novonor, uma vez que as ações da Braskem detidas pela empresa anteriormente conhecida como Odebrecht estão alienadas fiduciariamente.
A confirmação foi divulgada pela própria Braskem, em comunicado ao mercado divulgado na noite da véspera, após a empresa ter sido cobrada pela Comissão de Valores Mobiliários (CvM) para dar mais explicações sobre o assunto publicado pela imprensa na sexta-feira passada.
A Novonor afirmou que “que não há qualquer decisão, mesmo que preliminar, tomada a seu respeito (da oferta)”, segundo comunicado da Braskem.
A oferta de Apollo e Adnoc compreende 20 reais por ação pagos em dinheiro, 20 reais a serem pagos com debêntures perpétuas com taxa de 4% ao ano e cerca de 7 reais com o pagamento diferido na forma de “warrant”, afirmou a companhia.
“A proposta não vinculante depende de avaliação e negociação com a Petrobras”, afirmou a Braskem.
Na véspera, a Petrobras afirmou que não está conduzindo nenhuma venda de ativos no mercado privado e negou que esteja discutindo com o fundo Mubadala uma troca de ações da refinaria de Mataripe, na Bahia, por ações da Braskem.
Balanço Braskem
A Braskem divulgou na noite da segunda-feira (08) lucro líquido de R$ 184 milhões para o primeiro trimestre, tombo de 95% sobre o desempenho de um ano antes. A receita líquida da companhia despencou 27%, para R$ 19,45 bilhões.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) desabou 78% sobre um ano antes, para R$ 1,06 bilhão.
A companhia afirmou que a performance deve-se à queda dos spreads de preços do setor petroquímico sobre o primeiro trimestre de 2022, embora tenham mostrado melhora sobre o final do ano passado.
Com Reuters
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