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Finanças

Ouro passa de US$ 1.900 após conflito surpreender investidor

Guerra entre Israel e Hamas aumentou procura do metal precioso.

O ouro registrou a maior alta desde março, ultrapassando os US$ 1.900 a onça, à medida que investidores pessimistas foram pegos desprevenidos pelo conflito entre Israel e Hamas, que ameaça se agravar.

O ganho do metal precioso acelerou na sexta-feira (13), ao romper um nível técnico importante, subindo até 2,8%, e está agora a caminho da melhor semana em quase sete meses, com o ritmo da recuperação sugerindo cobertura a descoberto por parte dos gestores de fundos.

“Os fundos foram para o fim de semana passado mantendo posição vendida e o esforço para cobrir e voltar às posições compradas foi um dos principais impulsionadores da recuperação nesta semana”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank A/S.

É uma rápida recuperação para o ouro depois de uma queda que o levou para perto de US$ 1.800 a onça, alimentando preocupações de baixa mais acentuada impulsionada pelo aumento dos rendimentos dos títulos do tesouro americano. Um ataque de militantes do Hamas a Israel aumentou a ansiedade de uma escalada na região que é crítica para o fornecimento global de energia, elevando a procura por ativos de refúgio, como o ouro.

Ouro (Foto: PublicDomainPictures por Pixabay)
Ouro (Foto: PublicDomainPictures por Pixabay)

As Nações Unidas disseram que Israel pediu a evacuação de 1,1 milhão de pessoas que vivem no norte de Gaza nas próximas 24 horas, descrevendo a ordem como “impossível” e apelando para uma reversão. Os manifestantes marcharam contra o país em várias nações do Oriente Médio depois de o Hamas ter convocado manifestações em todo o mundo muçulmano.

O ouro também recebeu o apoio de integrantes do Federal Reserve, que sinalizaram que as taxas não precisam subir ainda mais para controlar a inflação. Juros mais baixos são geralmente positivos para o ouro, embora a rigidez das pressões sobre os preços tenha sido ressaltada pelos dados de inflação desta semana.

A alta do ouro é “um lembrete para não ficarmos (fundamentalmente) muito vendidos com um Fed que aposta em juros mais altos por mais tempo, quando o risco geopolítico está aumentando”, disse Nicky Shiels, chefe de estratégia de metais da MKS PAMP SA.

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