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Finanças

Resumo dos Analistas: IBOV zera perdas de 2020; dólar despenca; petróleo dispara

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Quando os mercados já estavam fechados, saiu a aprovação da FDA para o uso emergencial da vacina da Pfizer, nos EUA. Já em relação ao pacote fiscal, teve progressos na negociação, mas ainda com muitos impasses pela frente;
  • No Brasil, as notícias sobre vacinas também foram positivas e puxaram a bolsa, zerando as perdas de 2020 (-0,45% até o fechamento de ontem). O fluxo de capital estrangeiro continua forte e ajuda a derrubar o dólar, pertinho de cair abaixo dos R$ 5;
  • No pré-mercado de NY, as bolsas operam em baixa no fechamento da semana, pois há dificuldades na negociação do pacote de socorro nos EUA; Há instantes, Dow Jones futuro recuava 0,51%, S&P 500 (-0,60%) e Nasdaq (-0,68%), após novo recorde de fechamento ontem;
  • Brexit: aumentou o pessimismo com acordo comercial, após Boris Johnson alertar a população a se preparar para saída “dura”;
  • Covid: a Alemanha bateu novo recorde de infecções (29.875) e de mortes (598) em 24 horas;
  • Frankfurt cai 1,45%, Londres -0,72%, Paris -1,08%, Madri -1,95%, Milão -1,11%, Lisboa -0,70%;
  • Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam sem direção única: Xangai (-0,77%) e Nikkei (-0,39%), Hong Kong (+0,36%) e Seul (+0,86%), este emplacando 6ª semana de ganhos.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

  • Seguimos com a força compradora e o novo ajuste para o suporte imediato seria de 112.500 e o mais longo por enquanto permanece na faixa dos 105 mil pontos;
  • Depois do rompimento da última resistência seguimos de olho na faixa de topo histórico, no meio do caminho temos que considerar as faixas psicológicas como resistência de 116.000 e 117.000 pontos. 

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • Hoje foi um dia atípico. Apesar da alta de 1,80% do Ibovespa, quem puxou o índice mesmo foram os bancos e as commodities. O desempenho muito abaixo das demais empresas e setores evidenciam que a rotação de setores segue por aqui;
  • O lado que justifica o otimismo é mais uma alta do petróleo tipo Brent, que agora ultrapassou a marca dos US$ 50 pela primeira vez desde março. A alta é reflexo da expectativa de aumento da demanda com o início da vacinação. Hoje a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu conceder autorização temporária de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19;
  • Outro grande destaque de hoje é a queda forte do dólar. A moeda recuou -2,6% e fechou em R$ 5,04. A explicação está na reação do mercado após o comunicado do Copom na véspera. Ao dizer que, no cenário base, a Selic terminaria com 3,0% em 2021, o mercado já se antecipou a uma redução do diferencial de juros em relação aos Estados Unidos;
  • As vendas no varejo brasileiro também surpreenderam ao crescer 0,9% em outubro na comparação com setembro, de acordo com o IBGE. Com isso, o patamar do varejo bateu recorde pela terceira vez seguida, ficando inclusive 8,0% superior a fevereiro, nível pré-pandemia.

Cenário corporativo (Murilo Breder):

  • No cenário corporativo, enquanto CSN (CSAN3, +10,5%) e PetroRio (PRIO3, +6,1%) figuram entre as maiores altas do índice, Suzano (SUZB3, -3,7%) e BRF (BRFS3, -2,5%) foram as maiores quedas;
  • Enquanto BRF segue realizando após a forte alta de +8,7% no dia 08 e as empresas ligadas ao petróleo se beneficiam da alta da commodity, as ações da CSN dispararam após a empresa divulgar novas projeções.  A companhia estima fechar o ano com um Ebitda consolidado de R$ 11,2 bilhões em 2020 e margem Ebitda de 35%. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado deve ficar abaixo de 2,5 vezes neste ano e abaixo de 2 vezes no final de 2021;
  • Os IPOs da Rede D’or aqui no Brasil e do Airbnb nos EUA chamaram a atenção pela forte valorização. No caso da empresa americana, ‘forte’ é um eufemismo. As ações dispararam incríveis 112,8% em sua estreia. A Rede D’or também estreou bem e subiu +7,7%.
Indicadores
Brasil:
Indicador de atividade econômica (FGV)
Pesquisa mensal de serviços (IBGE)
EUA:
Confiança do consumidor preliminar (Universidade de Michigan)
Poços de petróleo em atividade (Baker Hughes)
Inflação (IPP)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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