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Finanças

Calote, liquidez e outros: veja 5 riscos da renda fixa

É preciso ficar atento ainda à tributação, por exemplo. Veja mais.

Para fugir do risco na hora de investir, é só fugir da renda variável, certo? Errado. Neste primeiro episódio da série “Renda fixa: um papo fora da curva”, o InvestNews fala sobre 5 riscos que o investidor de renda fixa deve ter em mente – ainda que eles sejam menores do que os que existem no mercado de renda variável.

Veja abaixo 5 riscos da renda fixa

Calote

Teoricamente, esse risco existe em todos os investimentos, tanto renda fixa como renda variável. Claro que em escalas muito diferentes. 

Se a gente fosse colocar os níveis de risco como se fosse uma escada, no primeiro degrau estariam os títulos do governo (Tesouro Direto). Isso porque o governo, em tese, tem sim a possibilidade de dar calote, mas ela é bem pequena porque o Tesouro tem alguns recursos para conseguir fazer essa rolagem de dívida. Pode emitir novos títulos ou fazer o que o mercado chama de “pagar com a inflação” – ele basicamente imprime dinheiro. 

No segundo degrau ficariam os títulos de instituições financeiras que são bem estabelecidas e têm emitidos produtos de renda fixa que são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 

O terceiro e último degrau são os títulos de renda fixa que não têm a cobertura do FGC. Então nessa conta entram debêntures, CRIs, CRAs, FIDICs. Eles apresentam um risco maior porque são emitidos por instituições que não são financeiras e, logo, não têm a cobertura do FGC.

Liquidez

O investidor iniciante tende a olhar só a taxa, e não vê outro aspecto importante como a liquidez. No entanto, é preciso prestar atenção também se o investimento tem liquidez diária – ou seja, se é possível fazer o resgate a qualquer momento – ou se a retirada do dinheiro ocorre somente no vencimento do título, por exemplo.

Quando pensamos em um título que não tem liquidez diária e o investidor precisa, por algum motivo, se desfazer dele, existe a opção de buscar o mercado secundário. Porém, vai depender se será possível encontrar um outro investidor disposto a comprar aquele título. E esse investidor pode estar disposto a pagar um valor bem abaixo. 

Reinvestimento

Nesse caso, o risco é não conseguir achar o mesmo produto com as mesmas características de um investimento que alguém tenha feito – ou, em outras palavras, não encontrar um mesmo título, de um mesmo emissor, com o mesmo prazo e a mesma taxa. Assim, o investidor não consegue fazer novamente a mesma aplicação.

Um exemplo é o caso das debêntures. Quando a empresa está passando por uma situação mais complicada financeiramente, sua debênture tende a oferecer um retorno maior. Mas se essa empresa decide emitir uma nova debênture depois que a situação financeira melhorou, a taxa de retorno da nova debênture tende a ser menor. 

Tributação

É preciso ficar atento às regras de tributação específicas de cada tipo de investimento, assim como suas mudanças. Por isso, tanto os investimentos isentos de IR quanto os que não são precisam considerar o risco tributário. 

Na Reforma Tributária em tramitação no Congresso, por exemplo, chegou-se a discutir a tributação de Fundos Imobiliários (FIIs), hoje isentos. 

Isso explica porque existem alguns profissionais do mercado financeiro, planejadores financeiros que se especializam nessa questão do planejamento tributário, para encontrar a melhor alternativa para seus investimentos considerando esse risco tributário. 

Mudanças nas taxas de juros

Esse é um fator que a gente não consegue controlar, e engloba o risco da marcação a mercado, um dos riscos da renda fixa mais conhecidos.

Mudanças na taxa Selic impactam quem tem títulos pós-fixados, porque o investidor continua tendo uma rentabilidade positiva, mas ela fica mais positiva com um juro superior e menos positiva quando a taxa está em patamares mais baixos. 

Olhando o outro extremo, o impacto pode ser grande para o investidor que pegou, por exemplo, um título pré-fixado quando a taxa de juros estava elevada. Num movimento de queda de juros, o seu título pode se valorizar. Mas também há momentos em que o contrário acontece. Se a taxa está baixa e começa a subir, e o investidor pegou um pré-fixado quando a taxa estava ainda reduzida, seu título pode se desvalorizar. 

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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