Desde o ano passado – um ano marcado por restrição de mobilidade e fechamento de shoppings devido a pandemia de covid-19 – que o fundo imobiliário que investe em shoppings, XP Malls (XPML11), vinha sofrendo com alta inadimplência (47,5% em junho de 2020). Mas com a reabertura gradual de centros comerciais, esse número foi caindo Em abril deste ano, a inadimplência baixou para 19%, e em maio passou para quase 9%.
A vacância, que é o número de lojas vazias, também foi caindo gradualmente conforme a vacinação foi caminhando e o número de contaminações por covid-19 reduzindo. Até final de maio de 2021, sua vacância estava em 6%, sendo uma das menores em comparação aos demais fundos do setor.
FII do XPML11
Com uma taxa de ocupação superior a 94%, este é – entre outros aspectos – o diferencial do XPML11, o 5º maior fundo imobiliário em número de cotistas: são mais de 250 mil. A rápida capacidade de reação em meio a um cenário de retorno na circulação de consumidores nos shoppings faz do FII de ‘tijolo’ atrair uma ampla base de cotistas. Com ativos destinados as classes A e B, sua recuperação andou mais depressa do que o esperado.
Atualmente, a carteira imobiliária do fundo é composta por 12 shopping centers distribuídos entre: São Paulo, Rio, Minas, Natal, Salvador e Manaus. Shopping Cidade Jardim, Santana Parque, Shopping Cidade São Paulo, Catarina Outlet, Internacional Shopping, Downtown e Caxias Shopping são um dos nomes presentes no portfólio do fundo.
A sua mais recente aquisição foi em 29 de junho, quando foi incluído no seu portfólio o CJ Shops Jardins, localizado na Rua Haddock Lobo, no coração do Jardins, um dos mais nobres bairros da cidade de São Paulo.
No Catarina Outlet, uma das joias da coroa do FII, o volume de vendas em maio foi o 3º melhor da história do shopping, ficando atrás apenas de novembro e dezembro de 2019, período este anterior à pandemia. Já no Shopping Cidade Jardim – outro ativo do FII – o resultado foi ainda melhor, atingindo o 2º melhor mês da história em termos de vendas, com mais de R$ 120 milhões no período.
E não somente as vendas por m², como as vendas totais e o fluxo de veículos do portfólio tiveram uma performance muito positiva quando comparados a 2019, o que sinaliza uma recuperação robusta do setor voltando até acima da fase pré-pandemia.
Atualmente com uma ABL (área bruta locável) de 103 mil metros quadrados, o XPML11 é conhecido por adquirir shoppings com boa localização, somado a um bom potencial de consumo, número de habitantes e renda per capita. Em dezembro de 2017, sua ABL não chegava a 9 mil metros quadrados.
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