1 – GPA tem aval na Colômbia para cisão de fatia no Éxito e prevê concluir operação este mês
O GPA recebeu aval da Superintendencia Financeira de Colômbia, órgão regulador daquele país, para cisão de parte de sua participação no Éxito, em operação que será finalizada ainda em agosto, conforme fato relevante nesta terça-feira.
O GPA vai cindir cerca de 83% de sua participação no Éxito, por meio de uma redução de capital.
Pela estrutura da operação, cada ação do GPA dará direito a um papel (BDRs ou ADRs) que representa quatro ações do Éxito, disse a empresa brasileira, dona do Pão de Açúcar.
Com a cisão, o GPA, que rejeitou recentemente propostas de venda de participação do Éxito ao empresário colombiano Jaime Gilinski, seguirá com aproximadamente 13% da unidade colombiana, de acordo com o fato relevante.
Na B3, os BDRs do Éxito a serem entregues aos acionistas do GPA serão negociados a partir de 23 de agosto. Na Bolsa de Valores de Nova York, os ADRs do Éxito poderão ser negociados a partir da mesma data, mas em modalidade “when issued”, disse o GPA, destacando que a negociação regular começa em 29 de agosto.
2 – Ministério do Trabalho propõe menos mudanças no plano de abertura do mercado de vale-refeição
O Ministério do Trabalho disse nesta terça-feira que é a favor de alterações limitadas na planejada abertura do multibilionário mercado de vales-refeição e alimentação, em um golpe para as empresas entrantes que buscam crescer com a permissão de transferência de créditos de refeição entre diferentes cartões.
A chamada “portabilidade” estava inicialmente programada para começar em maio, junto com um sistema de “interoperabilidade”, prevendo a possibilidade de gastos em todos os restaurantes afiliados independentemente da emissora do cartão.
Mas as novas regras ainda estavam pendentes de regulamentação do governo e, em meio à incerteza sobre qual autoridade seria responsável por essa tarefa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória que adiou sua implementação até maio de 2024.
Parlamentares precisam votar a MP, que já recebeu 33 propostas de emendas até agora.
Em audiência pública no Congresso na terça-feira (8), Marcelo Naegele, auditor do Ministério do Trabalho, disse que o ministério passou a propor a eliminação da portabilidade do crédito-refeição “para aprofundamento de discussões, com ampliação do diálogo social e possibilidade de avaliação dos resultados das demais medidas”.
O Ministério da Fazenda se recusou a comentar.
Anteriormente, técnicos da pasta defendiam a portabilidade como um passo significativo para destravar o mercado de vale-refeição de R$ 150 bilhões, atualmente dominado pela Sodexo, pela Ticket, subsidiária da Edenred, e pelas concorrentes de capital fechado Alelo e VR.
Mudanças regulatórias recentes criaram oportunidades para concorrentes focadas em tecnologia entrarem no mercado, incluindo a empresa de delivery iFood, o Mercado Pago, unidade de pagamentos do Mercado Livre, as empresas de tecnologia financeira Caju, Swile e Flash, bem como a empresa de pagamentos PicPay.
As empresas tradicionais de vale-refeição sempre se opuseram à possibilidade de transferência de créditos, citando custos potencialmente mais altos. Mas os rivais emergentes disseram à Reuters que é improvável que o mercado abra com sucesso sem ser alterado para permitir essa portabilidade.
3 – Gerdau tem lucro de R$ 2,1 bi no 2º tri, queda de 50% ano a ano
O grupo siderúrgico Gerdau (GGBR4) teve lucro líquido de R$ 2,14 bilhões no segundo trimestre, queda de 50,1% na comparação com o desempenho de um ano antes, diante de queda de vendas, segundo balanço divulgado na terça-feira (que 8).
Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 2,11 bilhões, de acordo com dados da Refinitiv.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 3,79 bilhões no trimestre, queda de 43,2% na comparação com o mesmo período em 2022. Analistas esperavam Ebitda de R$ 3,90 bilhões , de acordo com a Refinitiv. A margem Ebitda ajustada ficou em 20,8%, de 29,1% um ano antes.
A Gerdau atribuiu a queda no lucro líquido na base anual a uma “forte” base de comparação, somada à retração do consumo.
A receita líquida da companhia somou R$ 18,3 bilhões, um recuo de 20,5% na base anual e queda de 3,2% frente ao primeiro trimestre deste ano.
As vendas de aço caíram 9,6% ano a ano, para 2,9 milhões de toneladas no trimestre, enquanto a produção cedeu 10,2% em relação ao mesmo período de 2022, a 3,1 milhões de toneladas.
“Neste segundo trimestre, observamos um volume de vendas para o mercado doméstico aquém dos patamares históricos na ON Brasil (unidade que inclui operações no Brasil exceto de aços especiais), reflexo de um menor consumo de aço por clientes de diversos segmentos e de uma maior penetração de aço importado”, disse a Gerdau em relatório de resultados.
A empresa anunciou ainda pagamento de dividendos de R$ 752,1 milhões.
Com Reuters
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