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3 fatos para hoje: Deflação na China, Congresso ouve Mauro Cid e Putin

Preços ao produtor caíram no nível mais rápido em 7 anos no país asiático.

Pressão deflacionária na China aumenta à medida que preços ao consumidor arrefecem

Os preços ao produtor da China caíram em seu ritmo mais rápido em mais de sete anos em junho, enquanto os preços ao consumidor arrefeceram até ficar à beira da deflação, aumentando os argumentos para que as autoridades usem mais estímulos para reanimar a demanda fraca.

O agravamento da deflação dos preços no portão das fábricas e o movimento dos preços ao consumidor em direção à deflação pela primeira vez desde fevereiro de 2021 são um mau presságio para o crescimento econômico da China.

O ímpeto da recuperação pós-pandemia da China desacelerou ante uma rápida retomada vista no primeiro trimestre, com enfraquecimento da demanda por produtos industriais e de consumo, levantando preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo.

“Acreditamos que o ambiente de deflação mais desafiador e a desaceleração acentuada no ímpeto de crescimento apóiam nossa visão de que o banco central entrou em um ciclo de corte de juros”, disseram economistas do Barclays em uma nota de pesquisa.

O índice de preços ao produtor chinês caiu pelo nono mês consecutivo em junho, com baixa de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira, a queda mais acentuada desde dezembro de 2015. Isso se compara a uma queda de 4,6% no mês anterior e uma queda de 5,0% apontada em uma pesquisa da Reuters com analistas.

O índice de preços ao consumidor permaneceu inalterado na comparação anual, de ganho de 0,2% observado em maio, impulsionado por uma queda mais rápida nos preços da carne suína. Isso frustrou a expectativa de alta de 0,2% e foi o ritmo mais lento desde fevereiro de 2021.

A Nomura espera que os preços ao consumidor caiam 0,5% em julho em relação ao ano anterior, mesmo levando em consideração um aumento potencial na inflação de serviços como resultado das férias de verão.

As leituras de inflação mais fracas do que o esperado derrubaram os mercados financeiros asiáticos.

Palácio do Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios em Brasília

Congresso concentra atividades da semana em comissões

Após aprovar a reforma tributária, nesta semana, a Câmara de Deputados se concentrará nas atividades dos colegiados do Congresso Nacional, com destaque para a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro. Na manhã de terça-feira (11), a CPMI ouvirá o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Preso desde o dia 3 de maio, Cid será questionado sobre mensagens e documentos com teor considerado golpista encontrados em seu celular.

As mensagens encontradas pela Polícia Federal (PF) no celular de Mauro Cid foram tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As mensagens apontam para a elaboração de um plano de golpe com decretação de estado de sítio, suspensão da atual ordem constitucional, possível afastamento de ministros do TSE e a convocação de novas eleições.

Havia também diálogos de Cid com outros militares da ativa, nos quais eram apresentadas supostas justificativas para um possível golpe.

Além da CPMI, os deputados e senadores foram convocados para uma sessão do Congresso Nacional, que vai analisar diversos vetos presidenciais, também na terça-feira (12).

Como, até o momento, não há previsão de sessão deliberativa do plenário da Câmara, os deputados devem participar apenas das reuniões das comissões parlamentares.

Ainda na terça-feira, os trabalhos se concentrarão nas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que debaterá a Política Nacional de enfrentamento aos crimes transfronteiriços; do Esporte, que vai abordar a readequação de velocidades para a segurança de pedestres e ciclistas; de Saúde, que avaliará o tratamento para Distonia no Sistema Único de Saúde (SUS); de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Indústria, Comércio e Serviços, com debate sobre os impactos do regulamento da União Europeia contra o desmatamento.

Já as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Indústria, Comércio e Serviços; de Administração e Serviço Público se reunirão para discutir e votar propostas legislativas.

Na quarta-feira (12), a comissão de Viação e Transportes vai tratar da atuação do Exército como executor de obras de infraestrutura; a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, dos impactos e perspectivas de revisão do novo Marco Legal da Inovação; a de Desenvolvimento Econômico, sobre sanções administrativas previstas para casos de vazamento de dados pessoais e a de Defesa do Consumidor, da manipulação de informações das Big Techs contra o Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630/20).

As comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Defesa do Consumidor; de Viação e Transportes; de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; do Esporte de Fiscalização Financeira e Controle; de Ciência, Tecnologia e Inovação; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família e de Cultura terão discussão e votação de propostas legislativas.

Na quinta-feira (13), não haverá atividade dos colegiados.

Senado

Já no Senado, a semana começa com sessão deliberativa do plenário, que será realizada de forma semipresencial na terça-feira (11). Na pauta, projetos que tratam da instituição do Programa Escola em Tempo Integral; de Conselhos Escolares e de Fóruns dos Conselhos Escolares; da implantação do serviço de monitoramento de ocorrências de violência escolar; da formação técnica profissional e tecnológica e de articular a formação profissional técnica de nível médio com a aprendizagem profissional; e do acesso a bolsas de pesquisa, desenvolvimento, inovação e intercâmbio para alunos, docentes, ocupantes de cargo público efetivo, detentores de função ou emprego público.

Na quarta-feira, também haverá sessão deliberativa do plenário semipresencial para tratar da autorização da ozonioterapia no território nacional; para estabelecer a inexistência de vínculo empregatício entre confissão religiosa, incluídos igreja, instituição, ordem ou congregação, e seus ministros, pastores, presbíteros, bispos, freiras, padres, evangelistas, diáconos, anciãos ou sacerdotes.

Os senadores também se revezarão nos trabalhos das diversas comissões que terão atividades até quinta-feira (14)

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em Moscou 07/07/2023 Sputnik/Alexander Kazakov/Kremlin via REUTERS

Kremlin diz que chefe de grupo mercenário se encontrou com Putin após motim

O Kremlin disse nesta segunda-feira que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com o chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, em 29 de junho, cinco dias depois que o grupo marchou em direção a Moscou em um motim de curta duração.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres que Putin convidou 35 pessoas para a reunião, incluindo comandantes de unidades, e que ela durou três horas. Os comandantes do Wagner disseram a Putin que eram seus soldados e que continuariam a lutar por ele, disse Peskov.

O breve motim liderado por Prigozhin, no qual os combatentes do Wagner assumiram o controle da cidade de Rostov, no sul do país, confrontou Putin com o mais grave desafio ao seu poder desde que assumiu o cargo de líder supremo da Rússia no último dia de 1999.

O conflito foi neutralizado em um acordo intermediado pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko. Desde então, Putin agradeceu a seu Exército e serviços de segurança por terem evitado o caos e a guerra civil.

Prigozhin disse que o motim não tinha como objetivo derrubar o governo, mas “levar à justiça” os chefes do Exército e da Defesa pelo que ele chamou de erros e ações não profissionais na Ucrânia.

Prigozhin deveria ter partido para Belarus de acordo com os termos do acordo, mas Lukashenko disse na semana passada que ele estava de volta à Rússia e que os combatentes do Wagner ainda não haviam aceitado a oferta de transferência para Belarus, levantando questões sobre a implementação do acordo.

*Com Reuters e Agência Brasil

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